
Ele chega a Curitiba no sábado, pela primeira vez com a carreira solo. Aqui, fala sobre o “A Gente Mora no Agora”, “nova” carreira e faz promessa
Paulo Miklos começa a nova fase da carreira com o álbum solo “A Gente Mora no Agora” e traz sua turnê a Curitiba no sábado, 24 de março, em uma apresentação que promete ser memorável no Teatro Guaíra. Após a saída recente do grupo Titãs que, especula-se, teria bem resolvida, ele aposta em uma música carregada de brasilidade e com diversas influências dos novos talentos do país. Por telefone, não conversamos com Paulo Miklos apenas sobre o novo álbum e os caminhos da música nacional, mas também sobre seu trabalho como ator – ele, inclusive, prometeu trazer a peça “Chet Baker – Apenas um Sopro” a Curitiba.
Dica: você pode ler este bate-papo ouvindo o novo disco dele. 😉
Quais as diferenças entre trabalhar em um álbum solo e um álbum em grupo?
Eu criei um contato com gente muito talentosa para criar esse álbum, não só na produção, mas também em parcerias. Foram encontros muito fortes. Procurei o Pupillo, meu produtor musical, baterista da Nação Zumbi, um conhecimento muito profundo da musicalidade brasileira. Esse era meu grande objetivo e com ele pude mergulhar nos ritmos do Brasil. Assim tive contato com artistas de gerações e gêneros musicais muito diferentes: trabalhei com meus ídolos, Erasmo Carlos e Guilherme Arantes; com os meus companheiros da vida toda, que vêm desde o tempo do colégio, Nando Reis e Arnaldo Antunes; com novos valores da música brasileira, como Emicida [que abre o disco com “A Lei Desse Troço“, de onde sai o verso que dá título ao trabalho todo]; e também com os nomes novíssimos, como Tim Bernardes, que compôs uma faixa e participou de outra, Mallu Magalhães, Céu e a rapper Lurdes da Luz.
“Pabllo Vittar representa esses novos valores, gosto muito dessa desconstrução.”
Antes do “A Gente Mora no Agora” seus álbuns já traziam conceitos muito fortes sobre encontrar felicidade. Algum motivo específico para escolher esse título?
Na verdade esse título tem a ver com a gente estar presente e se renovando a todo momento. O meu “agora” é de renovação e superação. Essa ideia do “A Gente Mora no Agora” tem a ver com não viver na nostalgia do passado. Sendo alguém com uma carreira longa, é sobre não ficar só revivendo o antigo sucesso, mas criar novos sucessos. E também sobre não ficar na ansiedade do futuro, que é o mal do nosso tempo. Ficamos sempre olhando o celular esperando uma nova mensagem e assim o tempo passa rápido demais. Posso dizer que são várias camadas de significado e isso é uma criação do Emicida.
E como uma nova turnê nacional pode sinalizar isso?
Estou muito feliz de encontrar o público e já perceber que ele conhece o disco novo. Eles conhecem as músicas novas e cantam elas. Principalmente a composição do Nando Reis, “Vou Te Encontrar“, que está na novela “O Outro Lado do Paraíso“. O público vem ouvir as músicas do novo disco, tem interesse na novidade e, claro, em ter um momento prazeroso de cantar os velhos sucessos.
E você também se apresenta para um novo público, com colaborações e aparições na TV com “Carrossel” e no reality The X Factor. É uma geração que não conviveu tanto com o trabalho dos Titãs, certo? Como você lida com ele?
Eu tenho uma relação bem próxima, tenho um público que vai dos 5 aos 90 anos de idade. Eu fico muito feliz que as pessoas conhecem minha trajetória pelo cinema, porque continuo na atuação. O público dos 8 anos veio depois de fazer dois filmes do “Carrossel”. Eu fico muito feliz que as pessoas conhecem minha trajetória no cinema, esse ano estreio dois filmes longa metragem, a série “A Sede” da Globo, então continuo no meu trabalho de atuação a todo vapor. Adoro fazer televisão e há dois anos atrás estreei no teatro com “Chet Baker – Apenas um Sopro” e foi um trabalho muito bom pra mim como ator. Estou concentrado na agenda de shows neste semestre, mas se voltarmos com a peça, planejo levar a Curitiba!
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Tem que trazer sim! E de todas essas atividades, qual você prefere como artista?
Gosto das atividades por igual. Então sempre que as oportunidades aparecem eu estou pronto para agarrar. Mas sem dúvida estar no palco cantando é meu momento de maior realização.
Depois de uma carreira de sucesso em tantos espaços, qual o principal conselho que você diria para a nova geração de artistas?
Vemos uma quantidade tão grande de coisas novas acontecendo por aí. Eu acho que a gente não deve desistir nunca. Mostro ao público geral essas novidades, quero que os novos valores estejam no meu trabalho. Acompanho tudo muito de perto, toda essa gente nova e talentosa.
<img class=”wp-image-68484 size-large” style=”text-align: inherit;” title=”Paulo Miklos no palco da sua turnê solo