A segunda temporada de The Last of Us, série da HBO baseada no jogo da Naughty Dog, já provoca discussões intensas entre os fãs. Uma das principais perguntas é: por que a Abby mudou em The Last of Us? A personagem, central em The Last of Us Parte II, teve sua representação repensada na adaptação televisiva. As diferenças entre a Abby do jogo e a da série geram repercussão nas redes sociais.
Abby no jogo: força bruta e um estilo de gameplay próprio
Nos videogames, Abby aparece como uma mulher musculosa, com porte atlético e rotina de treinos que justificam sua aparência robusta e imponente.
Ela simboliza uma “força da natureza”, e os criadores desenvolveram esse perfil para equilibrar a jogabilidade entre as protagonistas. Enquanto Ellie é ágil e furtiva, Abby representa o combate direto e a brutalidade física. A equipe pensou nessa construção narrativa para oferecer estilos de gameplay distintos aos jogadores.
De acordo com Neil Druckmann, diretor criativo da Naughty Dog, a diferença física entre as protagonistas foi uma decisão de design essencial para a imersão do jogador: “No jogo, queríamos que Ellie e Abby tivessem estilos diferentes de gameplay. Ellie é mais leve e rápida, enquanto Abby é quase como o Joel, com foco em força e dominação física”.
A versão da Abby na série da HBO
Na série, Abby será interpretada por Kaitlyn Dever, atriz de 1,57m de altura conhecida por papéis dramáticos marcantes, como em Unbelievable e Dopesick. A escalação surpreendeu parte dos fãs, que esperavam uma representação física mais próxima da personagem do jogo. No entanto, os criadores da série explicaram que a abordagem televisiva tem outras prioridades narrativas.
Neil Druckmann, também envolvido na série da HBO Max, afirmou que exigir um biotipo igual ao da Abby do jogo limitaria muito a escolha de atrizes e poderia comprometer o desempenho dramático: “O foco está mais no drama, não em cenas constantes de ação violenta. Encontrar uma atriz com o exato porte físico da Abby e talento dramático semelhante seria extremamente difícil.”
Por que a Abby mudou em The Last of Us: a resposta está no foco narrativo
A principal razão para a mudança na representação de Abby na série é a diferença entre as mídias. Enquanto o jogo exige que os personagens tenham características físicas adaptadas à jogabilidade, a série se concentra na profundidade emocional e na atuação dos personagens. A mudança de foco tira a necessidade de Abby ser extremamente musculosa.
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Além disso, a série tem liberdade para reinterpretar visuais, mantendo a essência emocional dos personagens. A atuação de Kaitlyn Dever promete enfatizar os dilemas internos de Abby, sua busca por redenção e os conflitos morais que a tornam uma figura tão divisiva.
Abby ainda é Abby, mesmo com uma nova aparência
Apesar das diferenças visuais, os criadores garantem que a essência da personagem foi mantida. Craig Mazin, showrunner da série, comentou em entrevista à Variety que “a alma de Abby está intacta” e que o público sentirá a mesma mistura de empatia e repulsa ao acompanhar sua trajetória.
Kaitlyn Dever, por sua vez, se mostrou entusiasmada com o papel e tem se preparado fisicamente para cenas de ação, mesmo que sem reproduzir o volume muscular da versão digital da personagem. A expectativa é que ela traga uma versão mais humana e vulnerável de Abby, sem perder a intensidade necessária para os momentos-chave da história.
O que dizem os fãs sobre a nova Abby
As reções dos fãs estão divididas. Parte do público entende as escolhas criativas da série e celebra a escalação de uma atriz talentosa. Outro grupo, mais apegado à fidelidade visual ao jogo, critica a mudança como um afastamento do material original.
No entanto, com a reputação positiva da primeira temporada e a qualidade já reconhecida da produção, a expectativa é de que a atuação de Dever convença até os mais céticos. O tempo dirá se a nova abordagem será tão marcante quanto a original.
Uma nova Abby para uma nova experiência
A mudança na representação de Abby em The Last of Us é uma decisão criativa pensada para o formato televisivo. Com foco em atuações impactantes e drama emocional, a série tem liberdade para adaptar os personagens sem perder sua essência. É cedo para julgar a nova Abby, mas as escolhas feitas até aqui indicam uma interpretação que respeita a profundidade da personagem e abre espaço para uma experiência narrativa distinta.
