O futebol é um dos esportes mais emocionantes do mundo, mas, infelizmente, também é palco de muitas lesões graves. Embora a paixão pelo jogo seja inegável, os jogadores enfrentam o risco de sérios danos físicos durante suas carreiras. Aqui estão algumas das lesões mais marcantes que ficaram na memória dos fãs e que mudaram o curso da história do futebol.

Ronaldo Fenômeno pré-copa de 2002
Ronaldo Luís Nazário de Lima, o “Fenômeno”, é amplamente considerado um dos maiores jogadores da história do futebol, mas suas incríveis habilidades foram duramente testadas por lesões graves, principalmente nos joelhos. As lesões que marcaram sua carreira aconteceram durante os anos 2000 e ameaçaram sua trajetória.
Antes da Copa do Mundo de 2002, Ronaldo sofreu uma grave lesão no joelho direito, uma ruptura do ligamento cruzado anterior, que o afastou dos gramados por mais de um ano. Muitos temiam que essa lesão fosse o fim de sua carreira, mas Ronaldo surpreendeu o mundo com uma recuperação impressionante.
Sua volta foi feita a tempo de ele participar do torneio na Coreia do Sul e Japão, onde, de forma épica, conquistou o título de Artilheiro da Copa com 8 gols e levou o Brasil ao pentacampeonato.
O acidente de Eduardo: uma tragédia que paralisou uma carreira promissora
Em 2008, o atacante Eduardo da Silva, que jogava pelo Arsenal, teve sua carreira devastada por uma das lesões mais chocantes da história do futebol. Durante uma partida contra o Birmingham City, Eduardo sofreu uma fratura exposta na perna esquerda após uma entrada violenta de um defensor adversário.
O impacto foi tão forte que o fisioterapeuta dos Gunners relatou na época ter “visto o osso sair da meia”. Eduardo foi levado às pressas para o hospital e passou por várias cirurgias para reconstruir sua perna.
Apesar de seus esforços para retornar aos gramados, Eduardo nunca conseguiu recuperar completamente sua forma anterior. A lesão interrompeu sua carreira no auge, e o jogador jamais foi o mesmo após o acidente.
A lesão de Neymar: a fratura na coluna na Copa do Mundo de 2014
Neymar, um dos maiores talentos do futebol mundial, também enfrentou uma das lesões mais dolorosas e traumáticas de sua carreira. Em 2014, durante a Copa do Mundo no Brasil, Neymar sofreu uma fratura na vértebra lombar após uma entrada violenta de um defensor colombiano nas quartas de final do torneio.
A lesão o afastou da competição e impediu que ele ajudasse o Brasil nas semifinais, onde o time acabou sendo derrotado pela Alemanha por uma das maiores goleadas da história das Copas.

A lesão foi um grande golpe para a Seleção Brasileira e para Neymar, que se tornou um dos pilares da equipe. Sua ausência nas fases decisivas do torneio prejudicou gravemente as chances do Brasil conquistar o hexa. Apesar de sua recuperação bem-sucedida após o incidente, a fratura na coluna marcou um ponto de virada na trajetória de Neymar e deixou uma cicatriz emocional e física em sua carreira.
Alf-Inge Håland: a lesão que impactou sua carreira e o futebol
Alf-Inge Håland, ex-jogador da Noruega e pai do atual atacante Erling Haaland, ficou marcado por um dos episódios mais polêmicos da história do futebol. Em 2001, em um clássico entre Manchester City e Manchester United, Håland sofreu uma falta dura de Roy Keane, que ficou famosa não apenas pela violência, mas também pelas circunstâncias que a cercaram.
Durante a partida, Keane atingiu o joelho direito de Håland com um carrinho que, apesar de contundente, não foi imediatamente responsável por uma lesão grave, como alguns relatos sugerem. Håland conseguiu continuar na partida, sendo substituído mais tarde. Apenas alguns dias depois, ele até mesmo jogou pela seleção norueguesa.
Contudo, o incidente com Keane gerou muita controvérsia. Embora a lesão no joelho direito tenha sido dolorosa, a maior parte dos problemas crônicos que marcaram a carreira de Håland estavam relacionados ao seu joelho esquerdo. A entrada de Keane não foi responsável direto por uma ruptura no ligamento cruzado anterior (LCA) nem por uma lesão tão grave a ponto de causar a aposentadoria precoce do jogador.
A realidade é que Håland já vinha lidando com problemas no joelho esquerdo antes da falta de Keane, e pouco depois do clássico, ele passou por uma cirurgia no joelho esquerdo. Esses problemas persistentes foram os principais responsáveis pela sua saída do futebol profissional em 2003, e não o carrinho de Keane, como algumas versões da história sugerem.
Após a cirurgia, Håland jogou poucas partidas e, devido aos danos contínuos no joelho esquerdo, acabou se aposentando do futebol de alto nível. Portanto, a alegação de que a falta de Keane foi a única razão pela qual Håland teve que parar de jogar é imprecisa. Seu final de carreira foi, na verdade, um reflexo de complicações em um joelho diferente, o esquerdo, que o atormentava há muito tempo.
*Com supervisão de Daniela Borsuk
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