Curitiba - O setor ofensivo do Athletico volta a ser um problema para o técnico Odair Hellmann na reta final da Série B. Sem Kevin Viveros e Renan Peixoto, o treinador deve recorrer à experiência de Alan Kardec, que pode reaparecer entre os titulares após um longo período de baixa. O atacante, que perdeu espaço e passou a ser alvo de críticas da torcida, pode então ganhar uma nova oportunidade justamente no momento mais decisivo da temporada.
A chance de Kardec surge após os desfalques confirmados no ataque rubro-negro. Kevin Viveros, titular absoluto, está suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido no clássico Atletiba e não enfrenta o Amazonas, na próxima segunda-feira (27), na Arena da Baixada.
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Já Renan Peixoto, reserva imediato, teve diagnosticada uma lesão de grau 2 no ligamento colateral medial do joelho direito, sofrida durante treino em Goiânia. O jogador segue em recuperação e ainda não tem prazo de retorno. Os dois são os artilheiros do Furacão na Série B, com oito e sete gols, respectivamente.
Atacante pode voltar a titularidade após virar opção no banco do Athletico
Com os dois ausentes, Alan Kardec é o único centroavante de ofício disponível no elenco principal, o que deve colocá-lo novamente entre os 11 iniciais após quase três meses sendo opção no banco de reservas.
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Aos 35 anos, ele soma 25 partidas e cinco gols marcados na Série B, com média de 0,2 por jogo. O recorte recente, porém, mostra um cenário diferente. Nos últimos dois meses, o atacante participou de apenas quatro partidas, todas saindo do banco de reservas, somando 27 minutos em campo.
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Seu último jogo como titular foi em 31 de julho, diante do São Paulo, pela Copa do Brasil. Desde então, tem sido utilizado apenas nos minutos finais, sem conseguir retomar o protagonismo de outrora. Ainda assim, é, ao lado de Viveros, o vice-artilheiro do Rubro-Negro em 2025, com nove gols, atrás apenas de Luiz Fernando, com 13.
Kardec, Julimar ou Luiz Fernando? Quais são as opções do treinador do Athletico?
A escassez de atacantes de área também pode levar Odair Hellmann a alterar o esquema tático do Athletico, jogando sem um centroavante fixo. Nesse cenário, Julimar e Luiz Fernando surgem como alternativas de maior mobilidade e velocidade no setor ofensivo, em um modelo que privilegia infiltrações, triangulações curtas e movimentação constante, em vez da referência tradicional.
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Julimar, que atua pelos dois lados do campo, é opção para explorar jogadas em profundidade e acelerar transições. Em oito partidas na Série B, marcou um gol e tem cumprido papel mais tático, auxiliando na recomposição e na pressão na saída de bola adversária.
Luiz Fernando, por sua vez, é quem mais contribui na criação e aparece como principal articulador ofensivo da equipe. O atacante soma seis assistências, oito grandes chances criadas e bons números defensivos — 0,7 desarmes por partida e 52% de aproveitamento nos duelos pelo chão —, demonstrando intensidade e boa leitura de espaços.
Na prática, Kardec é o finalizador, Julimar o coringa tático e Luiz Fernando o articulador móvel. As escolhas de Odair Hellmann vão definir se o Athletico apostará novamente na referência de área ou se optará por um ataque mais leve e dinâmico para seguir vivo na briga pelo acesso à Série A.
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