Curitiba - Na última segunda-feira (17), o Conselho Administrativo do Athletico se reuniu para definir o novo vice-presidente e alguns membros aproveitaram a ocasião para questionar o presidente Mario Celso Petraglia sobre o atual momento do clube.

Cuca no comando do Athletico, em 2024
Cuca comandou o Furacão na reta final do Paranaense e no começo do Brasileirão. (Foto: José Tramontin/Athletico)

Entre diversos pontos, um foi a queda do Furacão para a Série B do Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez, o mandatário rubro-negro falou com mais detalhes sobre o rebaixamento, e apontou a troca constante de técnicos como o principal problema.

Em 2024, o Athletico teve cinco profissionais no cargo. Começou o ano com Juan Carlos Osorio, depois passaram pela função Cuca, Juca Antonello, que ficou como interino, Martin Varini e, por último Lucho González.

Bronca com Cuca

E dentro os cinco nomes, o que mais foi criticado por Petraglia foi Cuca. Segundo o dirigente, o atual técnico do Atlético-MG foi o maior erro do clube, principalmente por terem dado uma segunda chance para ele, e terem recebido como retorno críticas e uma demissão.

“Nós erramos muito em técnicos. O principal erro neste ano, se for fazer a retrospectiva, na minha modesta opinião, posso estar enganado, foi a vinda do Cuca. Ele estava execrado pela torcida do Corinthians, por causa do episódio que ele teve no começo da vida. Nós o trouxemos para recuperá-lo para o mercado, assim o fizemos. E ele nos deixou. Ele pedia, queria o Dudu, o Gabigol. Com que condições iríamos contratar? Mudou o nosso time inteiro, falava nas entrevistas quem queria que contratasse. E pediu demissão e foi embora”, disparou o presidente.

Na ocasião, Cuca vinha de quase um ano sem trabalhar, desde que foi praticamente ‘expulso’ do Corinthians, em 2023, por conta das investigações com seu nome envolvido em um caso de sexo com uma menor de idade em Berna, na Suíça, em 1987. Em seguida, o treinador tentou provar sua inocência e foi até a Europa para rever o caso.

Em dezembro de 2023, a Justiça suíça apenas anulou a condenação do brasileiro, não entrando no mérito da acusação. Ou seja, o técnico não foi inocentado sobre ter cometido o crime ou não. No entanto, o caso gerou grande repercussão e o afastou do mercado, ganhando a oportunidade do Furacão, que é o seu time do coração.

Lucho no Athletico fica na conta de Autuori

A desastrosa temporada do centenário do Rubro-Negro terminou com Lucho González no comando técnico. Apesar da pouca experiência na função, o ídolo argentino foi o escolhido na situação desesperadora de escapar do rebaixamento, o que acabou não surtindo efeito.

E, segundo Petraglia, a responsabilidade por trazer o ex-volante foi exclusivamente do então diretor técnico Paulo Autuori, que nos últimos anos tem como perfil apostar em novos nomes do mercado.

“Erramos na contratação do técnico. Daí veio o Paulo Autuori, trouxemos o Lucho Gonzalez, que ele pediu, e deu no que deu“, completou o presidente.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!

Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.