O FC Cascavel chega ao Campeonato Paranaense de 2025 repleto de dúvidas e incertezas. Após dois vice-campeonatos estaduais em 2021 e 2023, o time foi mal no torneio em 2024 e, sob intensa reformulação, tem expectativas moderadas para a elite.
Em sua 12ª participação na primeira divisão, a Serpente, como é carinhosamente conhecida pela torcida, buscará resultados no estádio Olímpico Regional e um bom desempenho fora para, quem sabe, ir bem no estadual. O objetivo é tentar, no mínimo, se manter em competições nacionais para 2026.
Para isso, o Cascavel aposta no técnico Silvinho Canuto. O profissional é mais um contratado pela diretoria que, desde que perdeu Tcheco em 2022, teve dificuldades de firmar um outro treinador no comando de forma longeva. Luiz Carlos Cruz, vice-campeão em 2023, desempenhou o melhor trabalho.
Fundado em 2008 e com início das atividades profissionais em 2009, o Cascavel se consolidou como uma das forças do interior do estado nos últimos anos. Portanto, quer manter a hegemonia.
Com a benção de campeão mundial com o Brasil, Cascavel conquista cidade
O FC Cascavel nasceu através do ex-lateral e meia Juliano Belleti que, no currículo, somou passagens por clubes como Barcelona-ESP, Chelsea-ING e Fluminense. Todavia, Belleti ficou marcado por ter sido campeão mundial com o Brasil, na Ásia, em 2002.
Belleti articulou a fundação do FC Cascavel em 2008, colocando o clube em competições profissionais a partir de 2009. Logo na temporada de estreia, na terceira divisão estadual, conseguiu o acesso para a segunda divisão. Todavia, permaneceu nesta entre 2010 e 2011.
Em 2012, um desacordo com a FPF e a prefeitura de Cascavel sobre o uso do estádio Olímpico Regional fez com que o clube optasse em desistir de jogar a segunda divisão estadual. Todavia, o clube foi automaticamente rebaixado para a terceira divisão em 2023. Contudo, foi campeão desta já em 2013.
Estabilização e consolidação no estado: Cascavel vira “figurinha carimbada”
Após turbulentas temporadas de 2012 e 2013, o Cascavel conseguiu conquistar o principal objetivo de 2014: subir à elite do Paranaense pela primeira vez. E o acesso veio com o título da segunda divisão, o que permitiu uma animada chegada na primeira divisão em 2015.
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Todavia, o foco da Serpente nos primeiros anos foi se manter na primeira divisão e não lidar mais com rebaixamentos. Entre 2015 e 2018, por exemplo, o time fechou o Campeonato Paranaense em posições intermediárias, sem conseguir ameaçar a hegemonia dos rivais curitibanos Athletico e Coritiba.
Porém, a estabilização permitiu sonhar alto nos anos seguintes. Sob a gestão de um presidente visionário e um ex-craque no comando, o Cascavel ganharia manchetes e conseguiria o espaço.
Sucesso, finais e protagonismo: FC Cascavel vira referência em longevidade
Após bons Campeonatos Paranaenses em 2019 e 2020, onde fez campanhas melhores do que as últimas quatro edições, o Cascavel mirou alto para 2021: contratou o técnico Tcheco, ex-jogador de clubes como Paraná, Coritiba e Grêmio. Em 2020, ele liderou o Rio Branco em uma boa campanha no estadual.
Sob o comando de Tcheco e tendo o presidente Valdinei Silva no comando, o FC Cascavel fez história no Paranaense de 2021, assolado pela pandemia. Um surto de COVID-19 no elenco, porém, não impediu o time de fazer a façanha de eliminar o Athletico nas semifinais e ir para a grande Final contra o Londrina.
Todavia, na decisão, prevaleceu a maior disponibilidade de talentos técnicos individuais e coletivos do Tubarão. Os dois jogos terminaram empatados em 1 x 1 e o Tubarão conquistou, em Cascavel, um título estadual que não vinha desde 2014. Todavia, a perda da taça não mudou a filosofia do clube.
Tcheco fecha ciclo, Cascavel é vice novamente, mas inicia nova reformulação
Entre 2022 e 2023, o FC Cascavel seguiu vivendo momentos áureos. No Campeonato Paranaense, ainda sob o comando de Tcheco, foi bem mas não chegou à Final. Na Série D, uma eliminação nos pênaltis para o Paraná Clube em Curitiba pôs fim a passagem de Tcheco pela Serpente.
Após uma passagem ruim de Ademir Fesan, o Cascavel apostou em Luiz Carlos Cruz, técnico experiente e conhecedor do futebol paranaense, para levar o time a um histórico vice-campeonato paranaense em 2023. O clube eliminou Coritiba e Operário antes de perder a final para o Athletico (2 x 1 e 0 x 0).
A decepção com um novo vice-campeonato, todavia, não abateu o clube, que mirava o acesso para a Série C. Porém, o pedido de demissão de Luiz e a contratação do técnico Leston Júnior não deram o resultado esperado. Sem a vaga na terceira divisão, o time, pela primeira vez, sentiu o baque.
Em 2024, a temporada foi mais difícil. Atletas sinônimo de sucesso de últimos anos, como o zagueiro William Gomes, deixaram o Cascavel. Além disso, as passagens dos técnicos Matheus Costa e Gilson Kleina não surtiram efeito. O FCC caiu nas quartas do Paranaense e sequer foi ao mata-mata da Série D.
Presença de ídolos e técnico rodado: Cascavel busca apagar temporada ruim
Para 2025, o clube fechou com o técnico Silvinho Canuto, de 47 anos, ex-Monte Azul-SP e Londrina. O profissional chega ao Cascavel trazendo uma experiência que adquiriu na base do próprio clube. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News Curitiba, ele garantiu que o FCC passa por uma “reformulação” e tem a Série D como grande objetivo.
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“Tomamos uma diretriz para 2025. Temos uma meta de mesclar um time jovem com experiente. Buscamos algo também na Copa do Brasil e na Série D que é, no fim, o grande objetivo. Estamos passando por uma grande reformulação e tenho o objetivo de passar bem por essa etapa”, afirmou.
Sob seu comando, o treinador terá ídolos do Cascavel, como o lateral Libano, o meia João Pedro e o atacante Rodrigo Alves, carinhosamente apelidado de “Pelezinho”. O profissional salientou a importância de se ter, no elenco, atletas identificados com a cidade e o clube.
“Sempre bom ter atletas identificados com o clube e a cidade e que, no fim, se tornam referências para os mais novos. A disputa em campo, porém, é igual para todos. E é isso que estou observando nessa pré-temporada”, finalizou.
Alvo de impasse, “dividido” por antigos rivais e cada vez mais “nacional”: conheça o Olímpico Regional, a casa do Cascavel
O impasse pelo uso do Olímpico Regional, que tirou o FC Cascavel da segunda divisão de 2012, é apenas um pequeno capítulo na história do local. O estádio, construído nos anos 80, já abrigou partidas da seleção brasileira sub-23 e de grandes times do Brasil, como Internacional, Grêmio e Santos.
Nos últimos anos, o FC Cascavel dividiu o uso do estádio com o seu rival municipal, o Cascavel CR. Todavia, a suspensão deste clube em 2021 após escândalos na falsificação de exames de Covid-19 deixou com que, o local, fosse apenas a casa da Serpente “amarela e preta”.
Tabela de jogos no Campeonato Paranaense 2025
Na primeira fase, o FC Cascavel fará onze partidas. Para se classificar ao mata-mata, o time tem que fechar a primeira fase entre os oito primeiros colocados. Confira a ordem dos jogos:
1ª rodada – Cianorte x FC Cascavel – Albino Turbay
2ª rodada – FC Cascavel x Londrina – Olímpico Regional
3ª rodada – FC Cascavel x Coritiba – Olímpico Regional
4ª rodada – São Joseense x FC Cascavel – Pinhão
5ª rodada – FC Cascavel x Azuriz – Olímpico Regional
6ª rodada – Paraná x FC Cascavel – Vila Capanema
7ª rodada – FC Cascavel x Maringá – Olímpico Regional
8ª rodada – FC Cascavel x Andraus – Olímpico Regional
9ª rodada – Operário x FC Cascavel – Germano Krüger
10ª rodada – Athletico x FC Cascavel – Arena da Baixada
11ª rodada – FC Cascavel x Rio Branco – Olímpico Regional
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