Ponta Grossa - Um Campeonato Paranaense digno de sua tradição e com um campeão à altura da disputa. O Operário conquistou o título estadual em um jogo dramático, levando a taça apenas nos pênaltis diante do Maringá. Foi a conquista da regularidade, da frieza e da luta. Líder da primeira fase, eficiente no mata-mata, o Fantasma contou com a força da torcida no Germano Krüger e com o brilho de Elias Curzel, o destaque da competição.

Ganhar um título sempre é especial. Mas a forma como essa conquista do Operário foi construída justifica a emoção, a festa e a invasão do gramado na hora da volta olímpica. O Fantasma completou com a final do Campeonato Paranaense cinco séries eliminatórias seguidas em pouco mais de um mês – todas com sucesso, três no Estadual e duas na Copa do Brasil. E quatro delas nos pênaltis.

E o que leva uma equipe a ser imbatível na hora mais tensa de uma decisão? Justamente a frieza. O Operário tem hoje um time cascudo. Elias, Diogo Mateus, Jacy, Índio, Fransérgio, Boschilia, Neto Paraíba, Allano e Vinícius Mingotti são jogadores com rodagem – alguns mais jovens, outros mais experientes. Mas todos sabem que na hora da definição é preciso cabeça fria. Boschilia, que errou na cobrança que João Gabriel se adiantou para defender, teve a tranquilidade para bater com perfeição na segunda chance.
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Comando e estrutura decidiram o Campeonato Paranaense
Essa frieza do Operário na hora da verdade do Campeonato Paranaense passa por fora do campo também. O técnico Bruno Pivetti mostrou um amadurecimento rápido para quem era considerado apenas um pupilo de Paulo Autuori. Ele mostrou seu jeito de comandar uma equipe durante o Estadual. E algumas ações pontuais na reta final (a afirmação de Neto Paraíba como titular, a entrada de Índio no intervalo da finalíssima) foram a demonstração de um treinador em evolução.
E, claro, toda a estrutura que o Operário construiu nos últimos dez anos. Fruto de um trabalho planejado pelo gestor Álvaro Góes, que com uma equipe de empresários bem-sucedidos em Ponta Grossa criou as condições para que o Fantasma fosse duas vezes campeão paranaense em um período curto. Essa administração firme consolidou o clube na Série B, e conquista mais uma taça.

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Balanço positivo
Normalmente, quando se olha para um Campeonato Paranaense decidido por clubes do interior, o que se fala é que “não foi bom”. Mas se Athletico e Coritiba ficaram pelo caminho e o Paraná Clube foi rebaixado, o problema é deles. Operário, Maringá e Londrina foram os protagonistas de uma grande disputa, que revelou talentos, que teve casa cheia em muitos jogos e que terminou com uma grande final. Claro que houve erros e problemas, muita coisa a ser corrigida. Mas o saldo deste Estadual foi muito positivo.

Para o ano que vem, há a grande chance de haver mudança na fórmula de disputa. A redução em duas ou três datas dará ao Campeonato Paranaense mais equilíbrio e emoção – e desgastará menos os elencos. O nível técnico vai aumentar e a tendência é de uma competição ainda mais disputada em 2026.
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Final emocionante
A forma como a decisão se encerrou aumentou a dramaticidade do Campeonato Paranaense. E a festa do Operário ganha cores mais vivas quando lembramos que havia 90 anos que um Estadual não se decidia em Ponta Grossa. E que desta vez a torcida pôde comemorar em casa, invadindo o campo e vibrando com os jogadores. Um grande desfecho para uma competição que valeu a pena.
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