Curitiba - O Coritiba projeta o maior investimento de sua história no futebol para a temporada de 2026. Embora o contrato de aquisição do clube estabeleça um aporte mínimo de R$ 120 milhões em temporadas na Série A do Campeonato Brasileiro, o planejamento interno prevê um orçamento de, pelo menos, R$ 170 milhões para o departamento de futebol.

O valor supera qualquer investimento já realizado pelo clube e reflete o novo cenário financeiro após o acesso à elite, impulsionado principalmente pelo aumento significativo das receitas de mídia.
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Outro fator que contribui para o cenário financeiro positivo é o retorno à primeira divisão, que coloca o clube alviverde em um novo patamar econômico. Com o acordo de direitos de transmissão firmado pela Liga Forte União (LFU), o Coxa estima uma receita média anual de R$ 130 milhões por temporada apenas com direitos de TV, valor muito superior aos R$ 9,7 milhões arrecadados na Série B.
Entretanto, mesmo com o maior investimento de sua história, o Coritiba ainda se posiciona abaixo de alguns concorrentes. Em 2025, por exemplo, o Fortaleza operou com um orçamento estimado em R$ 180 milhões destinados ao futebol e acabou rebaixado à Série B.
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Contrato da SAF do Coritiba prevê investimento bilionário ao longo de dez anos
A Treecorp adquiriu 90% das ações da Coritiba SAF e assumiu o compromisso de investir cerca de R$ 1,1 bilhão ao longo de dez anos. Parte relevante desse montante tem sido direcionada ao pagamento de dívidas herdadas da associação.
A dívida total do clube é estimada em aproximadamente R$ 270 milhões. Desde a transformação em SAF, cerca de R$ 70 milhões já foram quitados, e a expectativa da gestão é alcançar algo próximo de R$ 100 milhões pagos até 2026, o que amplia a capacidade de investimento direto no futebol.
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Erros de 2023 influenciam novo planejamento esportivo do Coritiba
O planejamento atual também considera os erros cometidos em 2023, temporada em que o Coritiba realizou, até então, o maior investimento de sua história, mais de R$ 36 milhões, e acabou rebaixado à Série B.
Naquele ano, o clube enfrentou problemas com contratações de alto custo e baixo retorno, uma janela de transferências no meio da temporada marcada pela necessidade de reformular o elenco e a chegada de jogadores com salários elevados que demoraram a atingir o nível físico ideal. O cenário foi agravado pela instabilidade no comando técnico, com três trocas ao longo da temporada.
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Em entrevistas recentes, a gestão da SAF afirma ter incorporado essas lições ao projeto esportivo para 2026. A estratégia passa por reforços pontuais, manutenção da base que conquistou o acesso e maior rigor na análise de perfil tático e impacto financeiro das contratações.
Internamente, o ataque foi identificado como o setor mais carente, em função da baixa efetividade ofensiva registrada ao longo da última temporada. A ideia é corrigir essa deficiência sem promover uma reformulação ampla do elenco.
Outra intenção da SAF era a manutenção do técnico Mozart, com o objetivo de garantir continuidade ao trabalho e evitar dificuldades de adaptação no início do Campeonato Brasileiro. Entretanto, divergências salariais impediram a concretização de um novo acordo, e o Coritiba precisou ir ao mercado, trazendo Fernando Seabra para comandar a reconstrução do time na Série A de 2026.
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