No dia 24 de março todos os presidentes das federações estaduais, dos clubes da Série A e da Série B reelegeram por unanimidade Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ignorando a candidatura do ex-jogador Ronaldo. Menos de dois meses depois, após o dirigente ser afastado do cargo pela Justiça, 19 das 27 federações divulgaram um manifesto na última quinta-feira (15) pedindo renovação na entidade.

Entre os presidentes das federações que assinaram o documento está o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Helio Cury Filho. Só não foram signatários do documento os representantes de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
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Na nota, os dirigentes das federações estaduais pedem “estabilidade institucional à CBF” e dizem que a entidade está “hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada”.
“O cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência”, reivindicam as 19 federações estaduais.
Por fim, a nota ainda afirma que os diirgentes estaduais assumem “o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos”.
Leia o manifesto abaixo na íntegra:
“MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.”
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