Ponta Grossa - O Operário conquistou no último sábado (29) o título paranaense pela segunda vez na sua história. Mas a taça não foi parar em Ponta Grossa por acaso. Veja abaixo dez motivos que explicam a conquista do Fantasma.

Operário levanta a taça de campeão paranaense de 2025.
Operário levanta a taça de campeão paranaense de 2025. (Foto: André Jonsson/ Operário)

1- Primeira fase exemplar

A boa campanha do Operário que terminaria com a conquista do título começou a ser construída já na fase inicial. O Fantasma terminou a primeira fase na liderança, com seis vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. 

Com isso, o time ficou na frente da dupla Atletiba e ganhou o direito de disputar o segundo jogo das quartas de final e da final em casa. Detalhe: em todo o campeonato a equipe só perdeu mais uma partida, totalizando duas derrotas em 17 jogos.  

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2- Defesa segura

Durante a fase de grupos o Operário teve a melhor defesa da competição, com apenas sete gols sofridos. Isso contando com um revezamento na zaga, com atletas como Jacy, Allan Godói e Joseph atuando bastante. Destaque também para o goleiro Elias, que apareceu bem quando foi solicitado. 

Vale a pena citar também toda a estrutura defensiva montada pelo técnico Bruno Pivetti. Com os jogadores de meio de campo, laterais e até da frente ajudando a defender, o Fantasma ficou mais perto da conquista do título. 

Jogador do Operário se emociona abraçado com a taça do Paranaense 2025.
Jogador do Operário se emociona abraçado com a taça do Paranaense 2025. (Foto: André Jonsson/ Operário)

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3- O camisa 10 do campeonato

Para a maioria dos analistas que acompanham o futebol paranaense não resta dúvida sobre o craque do campeonato: o meia Boschilia. Um camisa 10 clássico, algo raro de se encontrar no futebol, o jogador foi fundamental para o título do Operário nas criações das jogadas, nas finalizações de longa distância e nas bolas paradas.

O camisa 10 do Operário é quem domina o meio campo (Foto: Instagram / @boschilia)
O camisa 10 do Operário é quem domina o meio campo (Foto: Instagram / @boschilia)

4- Artilharia compartilhada

O Fantasma não teve um atacante que se destacasse. O jogador que mais fez gols foi o meia Boschilia, com cinco tentos, três a menos do que Iago Telles, do Londrina, e Matheus Moraes, do Maringá, os artilheiros do Paranaense. O primeiro atacante do Operário que aparece na lista é Vinicius Mingotti, com quatro gols.

O que poderia ser um defeito, na verdade é uma virtude da equipe de Ponta Grossa. Vários jogadores costumam participar dos gols, fazendo assim com que seja difícil para os adversários marcarem. Atletas como Neto Paraíba e Jacy também aparecem na tabela de artilharia do campeão, por exemplo.

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5- Apoio da torcida

Desde do começo da competição a torcida do Operário abraçou o time, como na verdade é frequente nos jogos no Germano Krüger. Não foi à toa que a venda de ingressos para a torcida mandante para a finalíssima acabou em dois dias. Com o “Trem Fantasma” ao seu lado, incluindo em jogos fora de casa, o Operário se mostrou mais forte e a caminho da conquista do título.

Torcida do Operário invadiu o campo para comemorar o título
Torcida do Fantasma invadiu o campo para comemorar o título. (Foto: Felipe Valente/RICtv)

6- Elenco qualificado

Entre os clubes do Paranaense, o Fantasma mostrou ter um dos melhores elencos. Quando não pode contar com jogadores importantes, como o volante Jacy, outros atletas como Fransérgio e Neto Paraíba conseguiram suprir a ausência com qualidade. O mesmo valeu para o ataque, com vários atletas revezando durante o campeonato e sendo fundamentais para a boa campanha do time do interior.

Elenco do Operário comemora com familiares no vestiário o título estadual.
Elenco do Operário comemora com familiares no vestiário o título estadual. (Foto: André Jonsson / Operário)

7- 100% nos pênaltis

Em todas as disputas de mata-mata neste Estadual o Operário teve que passar pelos pênaltis. Nas quartas de final contra o São Joseense, na semifinal ao superar o Londrina e na final contra o Maringá. Destaque para as cobranças, com 15 gols marcados na soma dessas três disputas e nenhum pênalti perdido. Vale ressaltar também a atuação do goleiro Elias, fundamental também para essas classificações. 

Elias defende o pênalti que deu o título paranaense para o Operário.
Elias defende o pênalti que deu o título paranaense para o Operário. (Foto: André Jonsson/ Operário)

8- Visitante indigesto

As duas derrotas que o Fantasma teve no Paranaense, sendo as duas para o Londrina, foram no Germano Krüger. Ou seja, o time se mostrou forte também fora de Ponta Grossa, terminando invicto como visitante. No total foram duas vitórias e cinco empates longe dos seus domínios, conquistando pontos que foram fundamentais para a boa campanha na competição.  

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9- Invencibilidade contra a dupla Atletiba

Para conquistar o título paranaense normalmente é importante não perder para a dupla Atletiba e o Operário conseguiu isso, mesmo enfrentando as duas equipes fora de casa. Na quarta rodada o Fantasma conseguiu um empate em 1×1 na Ligga Arena com o Athletico, com Índio marcando o gol do Alvinegro. Já na décima rodada foi a vez de enfrentar o Coritiba, com o mesmo placar. Destaque para o golaço de Rodrigo Rodrigues.

Lance de Coritiba x Operário, pelo Paranaense 2025
Lance do empate entre Operário e Coritiba. (Foto: André Jonsson/OFEC)

10- Trabalho a longo prazo e crescimento nacional

Nos últimos dez anos, desde a conquista do primeiro título estadual, o Fantasma desenvolveu um trabalho a longo prazo que tem dado resultado. De 2019 para cá, o time sempre ficou entre os cinco primeiros do Paranaense. No âmbito nacional, chegou até a Série B, inclusive brigando no ano passado pelo acesso para a Série A. Com um calendário melhor e mais visibilidade, a equipe ganha confiança e atrai atenção de jogadores melhores, o que foi fundamental para formar um elenco campeão paranaense.

Bruno Pivetti com a taça de campeão paranaense.
Técnico Bruno Pivetti com a taça de campeão paranaense. (Foto: André Jonsson /Operário)
Robson Martins
Robson Martins

Editor de Esportes

Jornalista desde 2006, com experiência de mais de 15 anos com jornalismo esportivo. Especialista em cobertura do desempenho e resultado dos times do Paraná.

Jornalista desde 2006, com experiência de mais de 15 anos com jornalismo esportivo. Especialista em cobertura do desempenho e resultado dos times do Paraná.