A discussão sobre o uso do gramado sintético no futebol profissional se intensifica a cada temporada. A tecnologia, que antes era vista com desconfiança, hoje é uma realidade em algumas das principais arenas do país e do mundo. Confira quais são os estádios que usam grama sintética no Brasil.

Quais estádios no Brasil usam grama sintética
No cenário nacional, três estádios se destacam pela utilização completa da grama sintética. A Arena da Baixada, do Athletico-PR, foi pioneira entre os grandes clubes, seguida pelo Allianz Parque, do Palmeiras, e mais recentemente pelo Estádio Nilton Santos, do Botafogo.
Arena da Baixada
A casa do Athletico Paranaense, Arena da Baixada, foi o primeiro estádio brasileiro a utilizar 100% do gramado sintético. A escolha surgiu a partir das diversas exigências da FIFA na Copa do Mundo em 2014, aqui no Brasil. Por conta do teto retrátil, que impede a luz natural e do alto valor para a manutenção da grama natural, o clube optou pelo sintético.
Allianz Parque
O estádio do Palmeiras também aderiu ao gramado sintético. No início, o Allianz Parque utilizava grama natural, no entanto, com a possibilidade de receber diversos shows e eventos, foi decidido a troca pelo sintético.
Além do Allianz Parque, a Arena Barueri, segunda casa do Palmeiras, também utiliza o sintético.

Nilton Santos
Um dos mais recentes a adotar o sintético, o Nilton Santos também optou visando a realização de shows.
Arena MRV
A casa do Atlético Mineiro inaugurada em 2023 também passou a adotar o sintético em abril de 2025.
Pacaembu
O Pacaembu está passando por diversas reformas ultimamente, e sob concessão da Allegra, também decidiu usar o gramado sintético, para receber outros eventos além de jogos de futebol.
Por que os estádios que usam grama sintética são uma tendência?
Um gramado natural consome milhões de litros de água anualmente, além da exigência do uso de pesticidas e fertilizantes. O campo sintético elimina grande parte desses custos e impactos ambientais.
A principal vantagem econômica é a capacidade de eventos de grande porte, como shows, com um intervalo mínimo entre as programações. A estrutura de gramado sintético suporta o peso de palcos e equipamentos.
Apesar dos benefícios, a tecnologia ainda é alvo de um intenso debate no meio esportivo.

Desempenho e críticas
Os atletas relatam que a bola rola e quica de maneira diferente e mais rápida, exigindo um tempo de adaptação. Outros pontos de crítica incluem o potencial aumento do risco de lesões articulares, embora estudos sobre o tema ainda apresentem resultados divergentes.
Regulamentação e o selo da FIFA
Os gramados artificiais precisam ser aprovados em testes rigorosos que avaliam critérios como rolagem da bola, absorção de impacto e tração. O selo “FIFA Quality Pro” garante que o campo possui características de desempenho muito próximas às de um gramado natural de alta qualidade, buscando minimizar as críticas e padronizar o jogo.
*Com supervisão de Guilherme Fortunato
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui