A negociação para a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Paraná Clube ganhou capítulos decisivos e um clima de otimismo nos bastidores. O grupo de investidores representado pelo empresário Pedro Weber Braga vem conversando com o Comitê de Credores nos últimos dias, e os contatos têm sido bem-sucedidos, abrindo caminho para que o acerto para salvar o Tricolor possa, enfim, acontecer.

O desenho do negócio que animou os envolvidos separa os valores para a quitação das dívidas em dois caminhos básicos. O grupo investidor da SAF ficaria encarregado de assumir e quitar as dívidas tributárias e com o Banco Central, um dos grandes gargalos financeiros do Paraná Clube. Já o dinheiro arrecadado com a futura venda da sede da Kennedy seria o pulmão financeiro para pagar os credores que fazem parte do plano de Recuperação Judicial. No final de agosto vence o prazo para o pagamento da primeira parcela, que se aproxima de R$ 20 milhões.
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A venda da sede social do Paraná Clube, autorizada pela Justiça, ainda depende de uma costura política. As conversas com a Prefeitura de Curitiba continuam e se estendem também à Câmara Municipal, buscando uma solução que dê segurança jurídica para a alienação do imóvel. Há confiança quanto às conversas com o prefeito Eduardo Pimentel e apoio dos vereadores, mas a Procuradoria Geral do Município já se manifestou contrária à venda da Kennedy.
O dilema do Paraná Clube na Justiça
Além da autorização da venda, há o modelo do negócio. A juíza Mariana Gusso, titular da Vara de Falências, já se manifestou no processo defendendo que o caminho ideal para a venda do ativo seria um leilão judicial. A intenção do Paraná Clube e dos interessados na SAF é assumir o comando de uma negociação.
+ Os detalhes da proposta da SAF do Paraná Clube e o que precisa para aprovação
Enquanto o processo segue nos bastidores, o próximo passo é a convocação da Assembleia Geral de Credores, que precisa aprovar a negociação da SAF do Paraná Clube. Será neste momento que os credores darão o seu aval ou não ao plano. A decisão deles, somada ao aval final da Justiça, definirá o futuro do Tricolor. A tendência é que ela seja marcada para o final de agosto.
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