Curitiba - Depois de três anos com superávits, o Coritiba fechou 2024 com prejuízo, que não foi baixo. Em balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (29), o Coxa revelou que fechou a última temporada com um déficit de R$ 139,4 milhões.

Bandeira do Coritiba
(Foto: Divulgação/Coritiba)

Números bem diferentes de 2021 até 2023, quando, em 2022, chegou a fechar com lucro histórico de mais de R$ 60 milhões. E o que explica essa queda financeira é um gasto maior, especialmente com a parte administrativa, mesmo com um aumento de receita em vários pontos.

Em 2024, o Coxa teve uma receita de R$ 91,7 milhões, um aumento de mais de R$ 20 milhões em relação a 2023 (R$ 70,6 milhões), mesmo com uma queda radical nos direitos de transmissão de TV, ocasionado pelo rebaixamento no Brasileirão. Só neste tópico, a queda foi de R$ 33,5 milhões para R$ 9,7 milhões.

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Porém, em praticamente todas as outras fontes de renda teve crescimento, principalmente em transações de atletas, que subiu de R$ 3,1 milhões para R$ 18 milhões, patrocínios, que saltou de R$ 7,3 milhões para R$ 17,2 milhões, e mensalidade de associados, de R$ 12,9 milhões para R$ 22 milhões.

Coritiba ganhou mais, mas gastou muito mais também

Um dos motivos que levaram o Coritiba a fechar o ano no negativo foram os gastos com o futebol. Só no profissional, o custo passou de R$ 72,3 milhões para R$ 86,6 milhões). Já a base passou de R$ 7,1 milhões para R$ 11,8 milhões. Isso sem contar outros gastos como custos das mercadorias vendidas, amortização de direitos econômicos e formação de atletas.

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Tudo isso, somado, gerou um gasto de R$ 122,3 milhões, um aumento de mais de 30% em relação ao total gasto em 2023, que foi de R$ 92,4 milhões.

Porém, as maiores despesas foram na questão administrativa e marketing. Só aqui, foram gastos R$ 65,7 milhões, quase o triplo se comparado a 2023, com R$ 23,3 milhões.

Além disso, o grande ponto de virada foi com receitas operacionais e não operacionais. Se na temporada retrasada o clube teve um lucro de R$ 86,1 milhões, no ano passado as despesas foram de R$ 33,7 milhões.

Aqui, se explica o fato de que nesta conta estava o valor do investimento feito pela LFU (Liga Forte União), o que ‘mascarou’ o superávit em 23 e que não ocorreu em 2024 gerando a diferença de quase R$ 120 milhões e levando ao déficit.

Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.