
Campeão espanhol e da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, português Cristiano Ronaldo leva pela quinta vez o prêmio
A FIFA anunciou Cristiano Ronaldo como o ganhador do prêmio de melhor jogador do mundo de 2017, prêmio que foi modificado este ano e agora considera como data de análise da premiação o período da temporada europeia (2016/2017), e não mais o desempenho durante o ano do calendário.
A entrega da “Bola de Ouro” sempre me intrigou pelos seus métodos e critérios. Este prêmio foi criado em 1956, pela então revista France Football, para eleger o melhor jogador da Europa. Apenas em 1991, a Fifa passou a eleger o seu “melhor do mundo FIFA”, que teoricamente (por ser o prêmio de melhor do “mundo”) contempla todos os continentes. Mas, na prática, sabemos que não é bem assim.
A publicação francesa “France Football” considerou, de 1956 a 1994, apenas jogadores europeus que atuavam no continente para concorrer ao prêmio da Bola de Ouro. Ou seja, Maradona, um dos maiores da história, nunca foi contemplado com este prêmio.
Somente em 1995 a revista alterou as regras do prêmio e abriu espaço para nascidos fora da Europa, quando o liberiano George Weah foi o ganhador do troféu. Mais tarde, o critério continetnal foi considerado tão esdruxulo pela própria publicação, que a “France Football” chamou, ainda em 1995, Maradona para receber uma Bola de Ouro em agradecimento pelo que fez por todos os anos nos gramados. Pelé foi, da mesma forma, também homenageado, posteriormente, recebendo sete Bolas de Ouro da publicação francesa, ficando assim, recordista do prêmio.
Anunciado o prêmio de melhor do mundo de 2017, para o Brasil destaca-se que foi o ano em que, pela segunda vez, Neymar foi um dos três finalistas e teve a oportunidade de concorrer e tentar interromper a sequência imposta por Messi e Cristiano Ronaldo, que se alternam entre os vencedores desde 2008. O brasileiro Kaká foi o último a ser eleito antes da dupla.
No período em análise da escolha, podemos fazer algumas comparações entre os três finalistas: pela Champions, CR7 fez 12 gols, Messi fez 11 e Neymar somente 4. Obviamente, os dois últimos jogaram menos que Cristiano Ronaldo, que foi até a final; já no total de número de gols no período de análise da temporada europeia, CR7 fez 39, Messi também fez 39 gols e Neymar 16 gols. O que podemos concluir é que as atuações superiores (como também ter levado o Real Madrid para mais um título da Champions) fizeram com que Cristiano Ronaldo merecesse mais uma vez o titulo de melhor do mundo.
Será que em 2018 teremos pela décima primeira vez CR7 ou Messi?