Curitiba - Aos trancos e barrancos, o Athletico alcançou o seu principal objetivo na temporada e em 2026 estará de volta à elite do Brasileirão. O acesso foi consolidado após a vitória por 1×0 sobre o América-MG, neste domingo (23), na Arena da Baixada, mas a volta por cima é fruto de um segundo turno quase impecável.

Jogadores do Athletico comemoram gol contra o Operário
Furacão comemora. O pesadelo da Série B acabou. (Foto: José Tramontin/Athletico)

Em 18 jogos, o Furacão somou 11 vitórias, quatro empates e três derrotas. Uma arrancada que tirou a equipe da metade debaixo da tabela rumo ao G4, conquistando a vaga com uma rodada de antecedência e ainda viva na luta pelo título, que seria a cereja do bolo, em meio a uma temporada cheia de oscilação.

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A volta à Série A poderia ter vindo até antes, se não fossem os momentos em que o Rubro-Negro parecia não entender o que vinha acontecendo, especialmente ao final do primeiro turno e começo da segunda metade, quando ficou sete jogos sem vencer, sendo seis saindo na frente e tomando o empate ou a derrota em seguida.

Athletico demorou a entender a Série B

Tudo isso reflexo dos problemas internos do Athletico e sua administração, que demoraram para entender a nova realidade em 2025. O trauma do inesperado rebaixamento ano passado fez o clube passar por uma verdadeira reformulação. Poucos foram os remanescentes no elenco, que foi ao mercado quase recomeçar do zero, buscando jogadores com outro perfil e tendo em Maurício Barbieri a figura para comandar essa reestruturação.

Só que quase ninguém se encaixou. Desde o Campeonato Paranaense o Furacão não conseguia mostrar uma evolução. Tanto que foi eliminado da semifinal sendo atropelado pelo Maringá. As primeiras rodadas da Série B não eram convincentes, mas o Rubro-Negro conseguia os resultados.

Técnico Odair Hellmann na comemoração da vitória do Athletico sobre o Athletic.
Técnico Odair Hellmann na comemoração da vitória do Athletico sobre o Athletic. (Foto: José Tramontin/Athletico)

Até que nem isso veio mais e aí coube à diretoria mais uma reformulação. Primeiro saiu Barbieri e entrou Odair Hellmann. A simples troca no comando técnico não surtiu efeito. O Athletico seguia limitado, sem criatividade e, em muitos momentos, não aparentava vontade. Foi quando a temporada parecia já não ter salvação que o Furacão acordou e aí mexeu no elenco, com uma legião de estrangeiros que deram outra cara e postura ao time e aí veio a reação, quase que tardia.

Lições para 2026

Em meio a esse percurso de terra arrasada ao acesso consolidado, o Athletico passou por muitas crises ao longo de 2025. Protestos da torcida, conselheiros saindo em defesa do presidente Mario Celso Petraglia e muita pressão. Não foram poucas as vezes em que se cobrou mais uma troca no comando, com a saída de Odair. Mas o Furacão bancou. Em nenhum momento cogitou a substituição. O treinador teve todo o respaldo e paciência para agir.

Com os reforços e alguns encaixes, o Rubro-Negro deixou para trás as desconfianças, as críticas e os traumas. Mas para 2024 e 2025 ficarem apenas com um ‘período sem saudades’ terá que fazer de 2026 diferente, com planejamento, estruturação e não menosprezar o que vem pela frente. O salto alto no início da segunda divisão quase custou caro.

Agora, é preciso sentar e rever os erros para ter uma temporada muito mais segura. Mas isso é para um segundo plano. No momento, o que o torcedor atleticano quer é apenas comemorar a volta e não retornar tão cedo a sentir o sabor da Série B.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.