Curitiba - O dia 2 de abril é marcado pelo dia mundial de conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007, com o intuito de reforçar o conhecimento sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e fortalecer a inclusão social dessas pessoas. E o futebol tem uma importância significativa nesta missão. Especialmente na acessibilidade em estádios.

Muitos autistas tem como principal característica o hiperfoco, que nada mais é do que um interesse intenso em um determinado assunto ou tema. E entre eles está o futebol. Mas, ao mesmo tempo, os portadores do TEA sofrem com a sensibilidade auditiva. Ou seja, pequenos barulhos, para eles, é uma explosão de som.
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Imagine, então, para um autista a dificuldade de ir aos estádios acompanhar seus times de coração. Ficar numa arquibancada cheia, repleta de movimentos, agitação, aglomeração e gritos é quase impossível. Alguns até enfrentam esta difícil tarefa, mas nem sempre é possível. E aí que entra a importância da inclusão.
Athletico e Coritiba abraçaram a causa
Pensando na importância de cuidar desses torcedores, o Coritiba foi o primeiro clube a criar um espaço dedicado aos portadores do TEA e inaugurou, em janeiro de 2023, uma sala Sala de Acomodação Sensorial no Couto Pereira. O camarote comporta oito torcedores, com acompanhante e é um espaço que veda os barulhos mais altos, como gritos e fogos de artifícios, além de minimizar as luzes, que também incomodam.
Agora, é a vez do Athletico aderir ao projeto. Nesta quarta-feira, justamente no dia mundial da conscientização do Autismo, o Furacão iniciou as obras para a sala multissensorial. O espaço terá 32m², divididos entre a sala, uma antessala e sanitário, comportando até dez torcedores.
Antes, desde março do ano passado, o Rubro-Negro também disponibiliza, gratuitamente, abafadores de ruídos para pessoas que possuem sensibilidade auditiva.
O que é o autismo?
Segundo o Ministério da Saúde, o Autismo, ou Transtorno do Espectro Autista, é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Segundo um levantamento da Universidade de Passo Fundo (UPF), uma a cada 30 crianças no Brasil tem o TEA, o que mostra a importância da inclusão social para todos.
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