Curitiba - O técnico Odair Hellmann abriu o jogo e revelou que o Athletico está tendo dificuldades no mercado para trazer novos reforços. A janela de transferências da Copa do Mundo de Clubes abriu na última segunda-feira (2) e vai até o próximo dia 10. Um espaço curto, que já dificultaria para muitas equipes se movimentarem.

Mas o momento do Furacão vem sendo o grande inimigo dele mesmo nessa busca por contratações. Segundo o treinador, alguns jogadores já foram procurados, mas recusaram as ofertas, até mesmo melhores do que a de outras equipes.
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“Já vivi essa experiência. Já estamos trabalhando, mas vamos buscar situações para que possamos agregar qualidade para esse grupo, potencializar essa disputa e ter mais capacidade técnica, mas tem uma coisa que o torcedor precisa saber. Quando estamos passando por esse momento, quando nós, Athletico, ligamos para o mercado, para o cara vir para cá, e o cara não quer vir. Às vezes, oferecemos até mais dinheiro que o mercado oferece e o jogador não vem, porque tem todo um sistema por trás”, admitiu o comandante rubro-negro.
“No Santos (em 2023) eu cheguei a ligar para um jogador, e entre o Santos e outro (time) ele olhava para a história, para o clube e pensava, “ah, mas não está na Libertadores”, imagine agora nós (Athletico) na Série B. Estamos atacando fases diferentes, essa é uma delas, mas por enquanto não estamos conseguindo”, completou.
Athletico não vai “encher prateleira”
O objetivo do Athletico nesta janela e também na próxima, entre 10 de julho e 2 de setembro, é de trazer jogadores que possam chegar para serem titulares, especialmente na lateral-direita e na zaga, os setores mais carentes do elenco. Porém, caso não consiga os nomes trabalhados, existe a possibilidade de o clube nem anunciar reforços.
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De acordo com Odair, o foco do clube é realmente aumentar a qualidade do grupo, ou seja, ser assertivo, e não trazer só por trazer, o que pode até mesmo tirar espaço de garoto da base.
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“Aí parece que o clube não está trabalhando nesse sentido, que o treinador não está, mas é muito pelo contrário. Estamos sempre atentos ao mercado. O que não podemos é ter quantidade e aí fazer qualquer movimento com pressa, sem critério, e talvez até abafar a chance de um menino da base ter uma oportunidade“, esclareceu ele.
Negociações seguem
Por fim, o treinador deu a entender que a diretoria segue negociando e conversando para buscar peças, mas que às vezes os acordos demoram mais do que o esperado, o que pode fazer com que os reforços só cheguem no mês que vem, na nova janela.
Ele, inclusive, lembrou de uma situação semelhante, quando estava no Santos e só conseguiu ter atletas à disposição após seis meses do início do interesse.
“Jogadores que eu indiquei para o Santos em dezembro chegaram seis meses depois. Em dezembro valiam 6, 8 milhões de euros, em junho o mercado se movimentou, os clubes fizeram movimentações e aí eles passaram a valer 3, 4 milhões e viabilizou o negócio”, relembrou.
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