Curitiba - O Athletico voltou a adotar a antiga história do filho pródigo. Depois de, nos últimos tempos, repatriar Pablo, Marcelo Cirino e Nikão, o Furacão anunciou na tarde desta quinta-feira (30) o retorno de Santos, goleiro mais vencedor da história do clube. Titular nas conquistas da Copa Sul-Americana em 2018 e 2020 e na Copa do Brasil de 2019, ele é um dos símbolos do melhor momento dos quase 101 anos rubro-negros. Santos chega para disputar a posição de titular com Mycael.

Santos, goleiro do Athletico.
São dois títulos da Copa Sul-Americana, um da Copa do Brasil e três Paranaenses. Santos está na história do Athletico. Foto: José Tramontin/CAP

As trajetórias, inclusive, se assemelham. Assim como o atual titular, Santos chegou ao Athletico ainda adolescente, aos 17 anos (Mycael chegou com 14). Fez toda a fase final de formação no CT do Caju e logo assumiu o posto de imediato de Weverton. Após a medalha de ouro na Olimpíada de 2016, o então titular foi negociado com o Palmeiras, e abriu o caminho da glória para Santos.

Nos anos mais vencedores do Athletico, Santos era o titular. E o retorno tem o objetivo de resgatar o Furacão de um dos momentos mais tensos da história recente, com o rebaixamento para a segunda divisão. “O sentimento é de gratidão por poder retornar e de muita felicidade por vestir novamente esta camisa. Para mim, é uma honra”. O goleiro, que vestirá a camisa 23, não resistiu à parábola do filho pródigo. “A decisão foi muito fácil de ser tomada, por estar voltando para a minha casa”, resumiu.

As razões da volta ao Athletico

Depois dos títulos pelo Athletico e da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, Santos chegou à seleção brasileira principal e viu seu passe se valorizar no mercado da bola. E a diretoria admitiu que o goleiro merecia o “contrato da vida”, e o negociou com o Flamengo. Mas a passagem pelo Rio não foi fácil, apesar de ser titular na conquista da Libertadores de 2022, justamente em cima do Furacão, e de mais um título da Copa do Brasil. Ele foi perdendo espaço e virou reserva de Rossi.

Tentou reencontrar a paz indo para o Fortaleza, mas acabou tendo como companheiro no gol um João Ricardo na melhor fase da carreira, sendo inclusive jogador de confiança de Juan Pablo Vojvoda. Santos acabou jogando apenas quatro vezes pelo tricolor cearense. Em disponibilidade, o goleiro passou a ser uma solução de experiência para um jovem Athletico. “Eu acredito muito na atitude, que neste momento faz a diferença. Um jovem olhar para o lado e ver o que eu, com um pouco mais de experiência, estou fazendo”, finalizou o camisa 23.

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