Curitiba - Personagens marcantes de times qualificados de Athletico e Coritiba, Alan Bahia e Keirrison foram os entrevistados do Bate Pronto Paraná desta quarta-feira (25). Personagens que carregam, até hoje, o carinho de suas respectivas torcidas, eles estarão acompanhando o clássico Atletiba, marcado para sábado (28), às 18h30, na Arena da Baixada.

Donos de uma personalidade cada vez menos vista no futebol atual, Alan Bahia e Keirrison, hoje, curtem a aposentadoria. Ainda assim, não estão distantes do mundo que os consagrou. Alan Bahia, por exemplo, atua como treinador do time sub-20 do Carajás-PA.
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Já Keirrison é dono de uma academia para jovens jogadores que buscam o sonho de atuar profissionalmente.
“Atletiba é diferente. Não adianta dizer que é um jogo comum”, afirma Alan Bahia
Cria da base do Athletico, Alan Bahia, atualmente com 42 anos, marcou época com a camisa rubro-negra. Entre 2002 e 2008, com um rápido retorno em 2010, o ex-meia participou de times históricos, como o plantel vice-campeão da Libertadores em 2005. Se referindo ao Furacão como “minha casa”, ele contou que, desde sempre, soube do peso do jogo.
“Desde a base a gente sabe o que um Atletiba representa. Eu mesmo cheguei muito cedo ao Athletico e sempre gostei muito de jogar clássicos. Eu entrava com sangue no olho mesmo, dando muita força na marcação. Não adianta dizer que é um jogo comum. Não é. É um jogo completamente diferente. Se você ficar desligado, perde. Precisar estar bem, mentalmente, pra suportar o peso do jogo”, afirmou.
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Questionado sobre qual é o confronto contra o Coritiba que mais o marcou, Alan Bahia não despista: o Atletiba de 2008, com empate em 1×1 na Arena da Baixada pelo Campeonato Brasileiro fica na memória até hoje. O motivo? Peculiar, mas marcante ao futebol brasileiro.
“Todos os clássicos são marcantes. Porém, pra mim, o mais marcante foi aquele que fiz, de pênalti, com paradinha contra o Coritiba na Arena da Baixada. Ninguém nunca tinha feito aquilo e, depois, virou uma moda no Brasil. Eu estava com a cabeça cortada quando fiz o gol. Acho que, tudo isso, fez meu nome ficar marcado no Athletico. Espero que sábado a gente possa ver um grande jogo e que o Furacão vença“, finalizou.
“Clássicos são parte da história. Foi gratificante ter ajudado o Coritiba”, admite Keirrison
Com passagem marcante pelo Coritiba, especialmente entre as temporadas de 2007 e 2008, Keirrison tem um carinho e uma torcida pelo Coxa até hoje. Não à toa, jogou pelo clube novamente entre 2014 e 2015 e também em 2017. Questionado sobre se, enquanto atleta, tinha algum ritual especial antes dos jogos, o ex-atacante garante que se preocupava apenas em “trabalhar”. E isso ocorria, obviamente, antes de qualquer Atletiba.
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“Nunca tive um ritual especial pra enfrentar o Athletico ou qualquer outro clube. Eu sempre fui frio e calmo. Então, durante a semana, sempre fazia o meu trabalho, normalmente, mantendo o foco e a concentração. E é isso que tem que ser feito. O jogador tem que ter confiança em si mesmo e um clássico pode dar a chance a quem quer e a busca“, afirmou.
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Keirrison também aproveitou para lembrar, com carinho, do título de campeão paranaense conquistado com o Coxa sobre o Athletico em 2008. Após uma vitória por 2×0 no jogo de ida, com direito a um gol do K9, o Alviverde perdeu para o Furacão por 2×1 na Baixada. O gol de Henrique Dias garantiu a taça ao time de Keirrison, mesmo com a derrota.
“Foram sempre importantes as oportunidades que tive de jogar contra o Athletico. Em 2008, conquistamos um título importante. Clássico sempre é difícil e isso dá um peso maior. Faz parte da história, eu sempre estive preparado para ajudar o Coritiba. Foi muito gratificante. Tínhamos uma equipe sensacional, todos estavam focados no que precisava ser feito”, finalizou.
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