Curitiba - Há exatamente 30 anos, no dia 16 de abril de 1995, o futebol paranaense vivia um verdadeiro colapso. Naquele dia, no Couto Pereira, o Coritiba goleou o Athletico por 5×1, pelo Campeonato Paranaense, que ficou conhecido pelo ‘Atletiba da Páscoa’. E o que poderia ser uma goleada histórica para o Coxa, se tornou um marco de uma virada justamente no Furacão.

Jogadores do Coritiba comemoram gol no Athletico em 1995
Atletiba de 1995 ficou marcado na história do futebol paranaense. (Foto: Reprodução/RPC)

A data, ficou marcada como a revolução que o Rubro-Negro passou dali em diante, com uma mudança que levou o clube a sair do ostracismo da Série B e com muitas dívidas, para se tornar campeão nacional e internacional, com direito a duas finais de Libertadores, em 2005 e 2022.

No estádio acompanhando a goleada, o então simples conselheiro Mario Celso Petraglia iniciou um movimento que o tornou presidente do Athletico. O dirigente tirou do Furacão todos que estavam no comando e iniciou a “Revolução Atleticana”, que se iniciou ainda em 1995, com o título da Série B.

Reviravolta na história do Athletico

Na sequência, em 1999, veio o CT do Caju e também a Arena da Baixada, que foram fundamentais para o Rubro-Negro alçar voos antes inimagináveis, como ir para a Libertadores, disputada pela primeira vez em 2000, o título do Brasileirão, em 2001, além das duas Sul-Americanas, em 2018 e 2021, e a Copa do Brasil, em 2019.

Uma realidade bem diferente de quando tudo começou, com um jejum de títulos de cinco anos, falta de estádio e dívidas acumuladas, que geraram até bingo para pagar as contas.

No meio do caminho, dois rebaixamentos, em 2011 e em 2024, com o time atualmente outra vez na segunda divisão, mas com uma estrutura e um nível de disputa que o pode colocar como candidato ao acesso, ao contrário da expectativas de 30 anos atrás. Que mudaram justamente graças a uma goleada para o rival Coritiba.

Mas, como foi aquele Atletiba?

O dia 16 de abril de 1995 era um domingo de Páscoa. O Atletiba do Couto Pereira era válido pela 13ª rodada da primeira fase do Campeonato Paranaense. Na tabela, o Furacão chegava na frente do Coxa, com dois pontos de vantagem (23 a 21). Mas, na hora que a bola rolou, a superioridade alviverde foi total, desde os primeiros minutos.

Com dez minutos, o Coritiba já vencia por 2×0, com dois gols de Brandão. Ainda no primeiro tempo, o clube fez o terceiro, com Jetson, aos 32. No segundo tempo, o Athletico descontou com Pádua, mas na reta final o Coxa passou por cima, com mais um gol de Brandão e nos acréscimos o zagueiro China marcou contra, fechando os 5×1.

Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.