Brasil ficou a maior parte da partida esperando a chance do gol no contragolpe
Apesar do placar magro, o primeiro jogo da seleção brasileira depois da Copa América, no Chile, foi de vitória. O Brasil venceu a Costa Rica por 1 a 0 neste sábado, nos Estados Unidos. Esta foi a 11ª vitória em 11 jogos não oficiais desde Dunga reassumiu o cargo de treinador, há um ano. Mesmo com 100% de aproveitamento em amistosos, o futebol ainda deixa a desejar.
Jogando contra um adversário sem ataque e sem marcação, o Brasil ficou a maior parte da partida preso à ideia fixa de esperar a chance de chegar ao gol no contragolpe, usando lançamentos longos. A falta de talento e de peso no meio de campo, acentuada pelas limitações de dois volantes que se tornam inúteis contra um time que não ataca, faz com que a seleção brasileira perca volume de jogo. Quando está com a posse da bola, o time não consegue pressionar o adversário, muito menos assustá-lo com a criação de uma sucessão de chances de gol.
Hulk ficou a maior parte do tempo sozinho no centro do ataque à espera de uma bola e tendo que dominar o que sobrava cercado por três marcadores. Foi exatamente em um lance em que precisou se virar sozinho que conseguiu marcar o único gol da partida. Aos 10 minutos, roubou a bola do zagueiro e bateu na saída do goleiro.
Poderia ter sido o empurrão que o Brasil precisava para se lançar em busca de mais gols, mas não foi. Seguindo o mantra “risco zero” do técnico Dunga, o time seguiu com o pé no freio até o final do primeiro tempo por medo de levar o empate. olar” o jogo. E o marasmo deu o tom da partida até o fim do primeiro tempo.
E a seleção só não levou o temido empate porque no segundo tempo o árbitro errou e anulou um gol legítimo de Bryan Ruiz aos 10 minutos, em um lance em que o meia foi lançado livre entre os dois zagueiros.
Mesmo sem volume de jogo, o Brasil apresentava um pouco de perigo com as combinações entre Marcelo e Douglas Costa ou quando a Costa Rica entregava a bola de presente na tentativa de sair jogando.
O time só apresentou um futebol mais interessante depois dos 21 minutos do segundo tempo, quando Kaká entrou no lugar de Hulk posicionado da intermediária ofensiva para a frente. Mais inteligente e técnico, ele se aproximou dos companheiros e fez com que as trocas de passes curtos e com objetividade aparecessem.
Aí, sim, o Brasil quase chegou ao segundo gol em uma jogada que mostra bem o que Kaká pode oferecer à equipe. Ele se projetou nas costas do zagueiro pela esquerda, foi à linha de fundo e rolou no capricho para a entrada da pequena área. Douglas Costa bateu de primeira, mas Pemberton defendeu com o pé direito.
Neymar jogou pouco mais de 10 minutos, mas sem protagonizar nenhuma jogada digna de registro.
Ficha técnica
Árbitro: Mathieu Bourdeau (Fifa/Canadá).
Brasil: Marcelo Grohe; Danilo, Miranda, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo (Rafinha), Fernandinho (Elias), Willian (Lucas) e Lucas Lima (Philippe Coutinho); Douglas Costa (Neymar) e Hulk (Kaká). Técnico: Dunga.
Costa Rica: Pemberton; Acosta, González, Duarte e Gamboa (Myrie); Tejeda (Guzmán), Borges, Bryan Ruiz (Colindres) e Matarrita; Venegas (Vega) e Ureña (Campbell). Técnico: Oscar Ramírez.
Cartão Amarelo: Elias (Brasil).