Na noite de segunda-feira (17), surgiu a informação que o Amazonas recebeu uma proposta para vender o mando do confronto com o Coritiba para Londrina. O objetivo era tirar o jogo de domingo (23), pela última rodada da Série B, do estádio Carlos Zamith, em Manaus, e transferir para o interior do Paraná, para lucrar em cima de um compromisso que não tinha apelo para a Onça Pintada, já rebaixada para a Série C. A notícia envolveu até mesmo pessoas ligadas ao Athletico, na tentativa de impedir a situação, que nem poderia ir para frente.

Quem procurou o clube foi o empresário Eduardo Maluf, conhecido no meio do futebol, que viu a oportunidade de trazer o jogo para um local mais próximo do Coxa, que briga pelo título da competição e poderia lotar o estádio para ver o time levantar a taça. Além de Londrina, Joinville também foi cogitada.
+ Confira todas as notícias do Coritiba no RIC.com.br!
O Amazonas até se interessou pela oferta, uma vez que certamente teria mais lucro, e foi consultar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que prontamente não liberou, uma vez que o regulamento geral das competições proíbe a situação para a última rodada da Série B.
Regulamento proibida decisão em três pontos
Embora o burburinho tenha tomado conta das redes sociais, a proposta não fazia nem sentido de ser realizada, uma vez que seria vetada pela CBF, como de fato aconteceu. De acordo com o artigo 24, parágrafo 5º, “Não será autorizada a transferência de partida para outro estado nos últimos 5 (cinco) mandos de campo de cada clube em competições ou fases de pontos corridos e nos últimos 2 (dois) mandos de campo em competições ou fases de caráter eliminatório (mata-mata). Exceto se decorrente de alteração determinada pela CBF, em razão de cumprimento de penalidade imposta, questões de segurança pública e outras que serão avaliadas e decididas pela DCO”.
+ Torcedor entrega camisa do Coritiba ao Papa Leão 14: “Achou bonita”
O objetivo é evitar justamente a perda técnica em prol do ganho financeiro. Ou seja, se o Amazonas não tivesse um motivo plausível para sair de Manaus, não seria autorizada a mudança. Ainda mais pelo prazo.
Ainda de acordo com o regulamento geral, um clube precisa solicitar a troca do estádio com pelo menos dez dias úteis antes da partida, e não na semana do confronto. Além disso, o fato de transferir o duelo para o estado do time visitante poderia até ser caracterizado inversão de mando.
+ Coritiba supera retrospecto e vê campanha fora como fundamental para levar o título
Empresário ligado ao Athletico se envolveu
Antes da negativa da CBF, porém, o empresário Nadim Andraus, que tem forte ligação com o Athletico, tentou persuadir Maluf de desistir da possível compra do mando.
De acordo com o ge.globo, o dirigente do Andraus explicou que o jogo também interessa ao Furacão, uma vez que os dois rivais disputam o título da Série B, e isso poderia ter impacto direto favorável ao Alviverde, que teria muito mais público a seu favor.
+ Após falha de Santos, técnico do Athletico se emociona ao falar sobre apoio do time
De qualquer forma, a CBF nem abriu conversas com o Amazonas, que, mesmo sabendo dos impedimentos legais, procurou a entidade, que prontamente negou o pedido. Com isso, a partida contra o Coritiba segue marcada para domingo, às 16h30, no Carlos Zami.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!