Na última sexta-feira (19), o Comitê de Credores do Paraná Clube divulgou um documento de 21 páginas apresentando um “aditivo ao plano alternativo de recuperação judicial” do clube. Para que isso seja aprovado, o comitê pede com urgência uma assembleia de credores do Tricolor.

Segundo o documento, o objetivo deste aditivo é “alinhar interesses comuns dos credores e do Paraná Clube” e “trazer melhorias, com a maximização dos ativos, atração de investidores e previsibilidade de venda de ativos e pagamento de credores”.
O papel que deve seguir para a aprovação na assembleia dos credores mostra que em janeiro deste ano a dívida do clube com esse grupo era de R$ 132.197.133,11. Além disso, ainda há uma dívida fiscal de natureza federal de R$59.788.878,20 e outra dívida com o Banco Central de R$39.563.144,95.
Credores em grupos e venda da sede da Kennedy
No documento, o grupo de credores é dividido em categorias, Assim, existem especificações claras sobre quem vai receber, em que ordem, até quando e como receber.
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Em relação à venda da sede da Kennedy, o texto ainda afirma que o clube precisa agir para que o negócio possa ocorrer. Hoje isso depende de uma nova lei na câmara de vereadores.
“O Paraná Clube se obriga a promover todos os atos necessários, úteis e adequados, com diligência, iniciativa e boa-fé, para negociar um projeto de lei municipal, em conjunto com a Câmara de Vereadores, que reconheça a perfectibilização da doação e exclua as cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade do imóvel que compõe a UPI Kennedy, atribuindo, assim, mais liquidez ao ativo”, diz o texto.
Um dos objetivos tanto de credores como do Paraná Clube é conseguir fazer a venda da SAF, para que entre os recursos previstos para o pagamento dos devedores e do próprio funcionamento do clube. A SAF Paraná foi constituída em 15 de junho de 2022, mas mais de três anos depois não ocorreu um avanço significativo no assunto.