Curitiba - O Coritiba anunciou, na manhã desta segunda-feira (8), Fernando Seabra como novo técnico do clube. Com passagem nas categorias de base do rival Athletico, o treinador ficou conhecido pelos trabalhos em Cruzeiro e Red Bull Bragantino. Mas qual é o estilo preferido dele? E qual o retrospecto recente?

O torcedor coxa-branca que não gostava do técnico Mozart por conta da postura mais defensiva e reativa, agora tem um comandante com um estilo de jogo completamente diferente. Seabra é lembrado por ter times mais ofensivos, com uma linha de marcação alta, intensidade e ligações diretas.
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Para sustentar essa intensidade, Seabra parte de um 4-2-3-1 que se desdobra completamente com a bola. No ataque, a equipe empurra uma linha de cinco, às vezes até seis jogadores, na última faixa do campo para sufocar a defesa rival e abrir espaço para mudar o jogo de corredor com velocidade.
Coritiba terá mudanças na forma de se defender
Essa proposta de atacar o espaço e manter a pressão alta traz um lado arriscado que contrasta com a segurança do modelo de Mozart. A análise dos trabalhos recentes mostra que essa exposição pode gerar desencaixes defensivos, principalmente pelos lados do campo, o que obriga o Coxa a repensar algumas peças do elenco para conseguir sustentar essa intensidade sem sofrer na recomposição.
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Nesse contexto, a diretoria terá o desafio de buscar no mercado peças que se adaptem a essa mudança drástica de filosofia, priorizando atletas com vigor físico para sustentar a marcação pressão e velocidade para executar transições verticais.
Números, polêmica e os últimos trabalhos de Seabra
Seabra assumiu o comando do Red Bull Bragantino em outubro de 2024 e teve papel decisivo para tirar o clube da zona rebaixamento no Brasileirão. Em 2025, iniciou a temporada com desempenho empolgante e chegou a chamar atenção justamente pelo estilo de jogo, mas o rendimento caiu na reta final.
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Ao longo do período, o time acumulou 18 vitórias, 14 empates e 24 derrotas, um aproveitamento de 40,4% em 56 jogos. Dos últimos 20 jogos sob o comando do Massa Bruta, foram 13 derrotas, quatro empates e três vitórias, o que resultou na saída do treinador.
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Contratado ainda na era Ronaldo Fenômeno, Seabra permaneceu no comando mesmo após a SAF ser assumida por Pedro Lourenço. Sob a nova gestão, conseguiu reorganizar a equipe, reagiu na fase de grupos da Sul-Americana e levou o time a competir na parte de cima da tabela do Brasileirão, em 2024. Na Raposa, foram 35 partidas, com 17 vitórias, 10 derrotas e oito empates.
No entanto, uma polêmica marcou a saída de Seabra da Raposa. Um áudio vazado do dono do time, Pedro Lourenço, mostrou o treinador sendo cobrado para colocar reforços em campo. “Ou você escala os jogadores que contratou ou você pode arrumando a sua mala aí que não passa desse jogo não’. Falei com ele que se não precisasse desses jogadores eu não teria contratado e ficaria só com os que estão aqui“, disse o dono da SAF.
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