A Conmebol divulgou neste domingo (9) as punições ao Cerro Porteño por causa do caso de racismo no jogo contra o Palmeiras pela Libertadores sub-20. Após o anúncio da organizadora do futebol sul-americano, o time paulista publicou nota dizendo que as penas sao “extremamente brandas” e “na prática demonstram a conivência das entidades com um crime”.

O caso ganhou importância nessa semana após o atacante Luighi, do Palmeiras, reclamar de ter sofrido racismo no jogo em Assunção. Diversos clubes divulgaram nota de apoio ao jogador, incluindo Athletico e Coritiba.
A pena anunciada pela Conmebol foi uma muta de 50 mil dólares (R$ 288 mil). O clube paraguaio está proibido também de ter presença de torcedores nas partidas da Libertadores sub-20. Aquém disso, o Cerro precisará “publicar nas redes sociais oficiais uma campanha de comunicação de conscientização contra o racismo, durante a duração da Conmebol Libertadores Sub-20 Edição 2025″.
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Veja abaixo a nota oficial do Palmeiras sobre a punição no caso de racismo:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.
Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.
As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.
O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.
As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!“
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