Curitiba - Fernando Azevedo, integrante do movimento Nosso Atlético e um dos conselheiros do Athletico, participou do Bate Pronto Paraná desta quinta-feira (12). Integrante do Conselho desde 2023, quando Mario Celso Petraglia foi reeleito presidente, Fernando, atualmente, compõe um grupo que se opõe ao mandatário atleticano.

O conselheiro utilizou a entrevista para sanar algumas dúvidas da torcida do Furacão quanto à atuação do Conselho Deliberativo do clube. Atualmente liderando um grupo que colhe assinaturas para tentar marcar uma reunião extraordinária com a diretoria do Athletico, ele afirmou que, no início desse ano, “colocou na cabeça” que faria de tudo para evitar um novo vexame na história do Rubro-Negro.
Petraglia convoca reunião para reforçar “união e corresponsabilidade” no Athletico
“Botei na minha cabeça que eu ajudaria a evitar o segundo maior vexame da história do clube. O primeiro foi ter caído pra Série B. O segundo seria se manter na Série B para 2026. Busquei e busco novos conselheiros para transformar esse Conselho em uma organização ainda mais forte. Tivemos duas reuniões neste ano. A primeira, após a saída do Henrique Gaede (ex-membro do Conselho Administrativo). Quero chegar a um número que movimente uma grande mobilização para a realização de uma reunião extraordinária“, afirmou.
“Me assustei quando entrei no Conselho”, lamenta Fernando Azevedo
Torcedor de arquibancada do Athletico, Fernando Azevedo é novato na política atleticana. Um dos mais novos integrantes do Conselho Deliberativo do clube, eleafirmou que a emoção que teve ao entrar para o grupo ao final de 2023, rapidamente deu lugar à decepção, uma vez que o Conselho tem medo de se posicionar contra as decisões já tomadas.
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“Eu me assustei quando entrei no Conselho. Quando você consegue a entrada, tu se emociona. Isso foi no final de 2023. Porém, tu vê as primeiras reuniões e vê que as coisas não funcionavam como eu pensava. Todo mundo fica receoso de se levantar e se posicionar. São encontros meio protocolares. Tem gente do Conselho que está lá há 20 anos. Eu sou um dos mais novos, estou tentando fazer um barulho lá. Precisamos entender onde estamos errando e como podemos nos fortalecer”, explicou.
Fernando afirmou ainda que os conselheiros do Athletico não são comunicados das decisões tomadas pela diretoria do clube e que os encontros, quando ocorrem, são formados apenas para ouvir os fatos já decididos.
“Não participamos de nada. Não temos o poder de decidir nada. O Conselho não é comunicado de rigorosamente nenhuma decisão tomada pela diretoria do clube”, revelou.
Tentativa de contato com Petraglia e pedido de afastamento do presidente
A torcida do Athletico tece inúmeras críticas à figura do presidente Mario Celso Petraglia. Apontado como um gestor temerário e com a saúde debilitada para assumir o comando do Furacão, o dirigente é o alvo preferido dos torcedores, especialmente após o rebaixamento.
A crise que se instaurou no Athletico ainda durante o ano de 2024 foi percebida por Fernando Azevedo muito antes do rebaixamento, consumado em dezembro. Durante a entrevista, ele contou que recebeu, com recusa, um resposta de Petraglia sobre um questionamento feito pelo conselheiro para marcar uma reunião extraordinária na época.
Ouvimos muito sobre atribuição do Conselho. Desde o ano passado, antes do rebaixamento, já havia tentado com o presidente Petraglia a marcação de uma reunião para discutirmos o cenário do clube. Não entrei lá para bater palma, e sim para somar. Ele disse que isso não era uma atribuição do Conselho e eu discordei, afirmando que estava apoiado no Estatuto. No meu primeiro ato, em janeiro, quis pedir o afastamento do presidente Petraglia por motivos de saúde, porque ele sumiu. Mas, pensamos melhor, e entendemos que um afastamento agora seria pior para o clube, visto que causaria uma maior turbulência. O foco é ajudar o Athletico, ninguém quer derrubar ninguém.
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