O Corinthians se prepara para um sábado decisivo em sua história política, quando os sócios do clube irão às urnas para aprovar ou rejeitar o impeachment do presidente afastado, Augusto Melo. Em meio à tensão, uma revelação gerou suspeitas: a lista com cerca de 10 mil nomes aptos a votar inclui pessoas já falecidas.

Apesar do potencial para controvérsia, a presença de mortos na relação de votantes é tratada pela diretoria e pelo Conselho Deliberativo como uma situação “normal e até previsível”. Segundo o clube, o fato não representa uma ameaça de fraude ao processo.
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A explicação para a irregularidade está na base de dados desatualizada. O Corinthians possui uma categoria de “sócios remidos” – que são isentos de mensalidade – e não realiza um recadastramento geral de seus associados há anos, o que dificulta a remoção dos nomes de quem já morreu.
Corinthians garante lisura
Para garantir a segurança do pleito, o clube aposta em uma medida simples e eficaz: a votação será exclusivamente presencial, e cada sócio deverá apresentar um documento com foto para receber a cédula de papel. Com isso, a diretoria entende que o risco de uma pessoa votar no lugar de outra, incluindo um falecido, é nulo.
O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., afirmou à reportagem do ge que irá “reforçar a fiscalização, sobretudo nas urnas dos sócios remidos”, para garantir a lisura total do processo.
Como será a votação
A votação ocorrerá neste sábado (9), das 9h às 17h, no Ginásio Wlamir Marques, no Parque São Jorge. Estão aptos a participar os associados maiores de 18 anos, com mais de cinco anos de clube e com as mensalidades em dia até 9 de junho. A expectativa é que entre 2 mil e 4 mil sócios compareçam.
Se a maioria dos sócios votar pelo “sim”, o impeachment será confirmado e uma nova eleição, apenas entre os conselheiros, será convocada. Caso o “não” vença, o processo é arquivado e Augusto Melo, afastado desde 26 de maio, reassume a presidência, hoje ocupada interinamente por Osmar Stábile.