Curitiba - Daqui dois meses, o Coritiba completará dois anos da venda da SAF para a Treecorp. E nesses 22 meses, os resultados não são nada satisfatórios, com um rebaixamento no Brasileirão, uma campanha irregular na Série B e diversas eliminações para times das Séries C e D do Campeonato Brasileiro no Paranaense e na Copa do Brasil. Desempenho que é reflexo do aproveitamento do time neste período.

No dia 9 de maio de 2023, o Coxa anunciou a venda de 90% da SAF, se tornando clube empresa. Desde então, a equipe entrou em campo 102 vezes, entre Brasileirão, Série B, Campeonato Paranaense e Copa do Brasil. E o Alviverde saiu mais derrotado do que vencedor.
Foram 36 vitórias, 21 empates e 45 derrotas, um aproveitamento de 42,1% dos pontos disputados. Neste período, o máximo que o clube conseguiu segurar uma invencibilidade foi de cinco partidas, ao longo do Campeonato Paranaense do ano passado.
Ataque do Coritiba funciona, mas defesa sofre
Nestes 102 compromissos, o ataque do Coritiba se mostrou eficaz, com 131 gols marcados, média de 1,28 gol por jogo. Por outro lado, a defesa se mostrou um grande problema, tendo sido vazada 136 vezes, média de 1,33 gol por confronto. O Coxa ficou apenas 32 jogos sem levar gols. Ao mesmo tempo, passou em branco em somente 26 oportunidades.
Números que explicam as campanhas ruins. Em alguns – poucos – momentos, o Alviverde mostrou qualidade. Foi assim em um determinado momento da Série A de 2023, quando chegou a dar indícios que poderia escapar da queda, na Série B, quando chegou a ficar seis pontos do G4, e na primeira fase do Estadual, tanto em 2024, como em 2025, brigando pela liderança.
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Mas a equipe não teve uma consistência e quando enfrentava adversários mais organizados, apresentou dificuldades. E isso não é mérito – ou demérito – de apenas um técnico.
Troca constante de técnicos
Nestes 102 jogos, o Coritiba foi comandado por seis treinadores: Antônio Carlos Zago, Thiago Kosloski, Guto Ferreira, Fábio Matias, Jorginho e, atualmente Mozart. Isso sem contar os interinos James Freitas, Guila Bossle e Moisés Moura, que trabalhou em três partidas do Paranaense deste ano com o sub-20 encorpado.
Ou seja, foram nove técnicos, cada um com uma média de 11,3 jogos. Dentro do calendário brasileiro, isso não chega a três meses completos. A falta de sequência também acaba interferindo diretamente nos resultados.