Curitiba - Dona de 90% da SAF do Coritiba, a Treecorp planeja, em um futuro não muito distante, abrir mão de uma parte destas ações. Os resultados negativos no futebol, acumulando eliminações e ficando longe dos objetivos, estão, de fato, acelerando esse processo, mas a ideia não é a empresa sair do controle do Coxa.

O objetivo da Treecorp é implementar ao clube o modelo MCO, que é a sigla para multi-club-ownership. Traduzindo para o português, significaria vários clubes de um mesmo dono. Como exemplo, o Grupo City, que tem, entre diversos times espalhados pelo mundo o Manchester City e o Bahia, e a Eagle Football Holdings, de John Textor, que cuida do Botafogo, Lyon, da França, Crystal Palace, da Inglaterra, e Molenbeek, da Bélgica.
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Diante deste cenário, caberia ao grupo que hoje cuida do Alviverde duas opções: comprar outras SAFs e se tornar uma MCO, ou vender parte das ações do Coritiba para um grupo que gerencia clubes de futebol.
Treecorp quer fazer do Coritiba uma MCO
A primeira situação é praticamente descartada, uma vez que a Treecorp iniciou no futebol apenas em 2023, justamente quando adquiriu o Coritiba, e não trabalha de forma especializada no esporte como negócio. Com isso, sobra apenas a segunda opção, que vai de encontro ao que a empresa tem como meta.
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Em entrevista no começo de dezembro do ano passado a um podcast, Luis Filipe Lomonaco, um dos sócios-fundadores da Treecorp, explicou que a ideia é que o Coxa entre nesse caminho e tenha vários donos, sendo um deles um grupo envolvido em MCO.
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“Estamos ambiciosos, o Coxa vai entrar em uma estrutura ainda maior, que tende a favorecê-lo muito, que é essa história das MCOs. Os projetos que temos para frente são muito interessantes”, disse ele, em entrevista ao canal Luciano Herzog.
Negociações em andamento
A declaração se complementa à notícia de um ano atrás, quando a Bloomberg, da Inglaterra, divulgou que a Treecorp estava no mercado europeu para buscar sócios com alto conhecimento no futebol e incluir o Alviverde em uma rede de clubes. Neste período, a empresa vem buscando parceiros.
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Na semana passada, o jornalista Rogério Scarione, da Jovem Pan News, informou que existe um interessado já envolvido com futebol em adquirir parte das ações do Coritiba e que já foram abertas negociações.
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“Quanto mais SAF entrar, melhor, o futebol vai se estruturar melhor e negociar melhor. E tem a escassez. Você vai comprar um time de 100 anos uma vez na vida. Nós fizemos um aporte para ficarmos com 90%”, acrescentou Lomonaco.
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