Curitiba - Surgiu nos últimos dias uma proposta que está agitando o Conselho Deliberativo do Coritiba. Um conselheiro sugere retirar a homenagem ao ex-presidente Renato Follador Júnior – que hoje dá nome à curva de entrada do estádio Couto Pereira. Para facilitar, é a área onde normalmente fica a torcida organizada. Não vou entrar nos detalhes da ideia, que será votada nesta quinta-feira (27). É só acessar aqui a matéria que nosso time fez do assunto.

Não consigo olhar essa proposta com outro viés que não seja o de apagamento da memória do clube. Se o Coritiba hoje está reorganizado, transformado em SAF e na primeira divisão, muito dessa mudança tem a participação de Renato Follador. Quando o clube estava à beira da insolvência, foi ele quem encarou o desafio de arrumar a casa e botá-la em ordem. Homem de sucesso nos negócios, referência em seu segmento, o presidente não precisava encarar o Coxa. Fez por amor.
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Anos antes, quando trabalhava na Tribuna do Paraná, Renato Follador era colunista de previdência social. Vez por outra ele ia à redação, e toda vez ele dizia que ia “arrumar o clube”. Era uma questão de honra, uma questão de vida ou morte para um homem que carregou o Coritiba no coração do primeiro ao último dia. Retirar a homenagem ao presidente que faleceu no exercício do cargo é uma tentativa de apagamento da história. E o Coxa, que tanto valoriza sua história, não poderia sequer admitir essa hipótese.