Curitiba - O Coritiba atravessa um dos momentos mais preocupantes da temporada na Série B. O time só conseguiu marcar em uma das últimas seis partidas que disputou, o que ajuda a explicar a queda na tabela e a perda de força na briga pelo acesso. Os números do segundo turno escancaram a derrocada ofensiva e confirmam a dificuldade do Alviverde.

A seca recente expôs a fragilidade ofensiva: em seis rodadas, apenas um jogo com gol marcado, na goleada por 4×0 sobre a Ferroviária. Apesar de finalizar bastante, o clube tem uma média alta de tentativas por jogo, mas poucas se transformam em chances reais de gol.
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Essa escassez ofensiva não é reflexo apenas do atual momento, considerado um dos piores da temporada. O Coxa apresenta números modestos em toda a Série B, com pouco mais de 30% das finalizações no alvo e apenas 11,2% resultando em chances reais de perigo.
- Média de 12,5 finalizações por jogo, mas apenas 3,8 no alvo
- Apenas 1,4 grande chance criada por jogo
- 28 gols em 28 rodadas — sendo 24 dentro da área e apenas 4 de fora
- 15 bolas na trave, número alto que reforça a falta de precisão
O ataque travado justifica queda de rendimento do Coritiba
Em nove jogos do returno, o Coxa somou apenas 12 pontos, com três vitórias, três empates e três derrotas, alcançando um aproveitamento de 44,4%. O índice é inferior ao registrado no mesmo recorte do primeiro turno, quando a equipe conquistou 16 pontos, marcou os mesmos oito gols e tinha 59,3% de rendimento.
Naquela altura, o clube ocupava a terceira colocação, mesma posição que ocupa hoje, mas atualmente possui apenas a oitava melhor campanha do segundo turno da Série B.
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Ao final das 19 rodadas, fechou em segundo lugar, com 35 pontos e aproveitamento de 61,4%. Agora, o Coritiba aparece novamente em terceiro, apenas dois pontos à frente do quinto colocado.
Mozart não aponta culpados no Coritiba
Após mais uma partida sem balançar as redes, o técnico Mozart preferiu não apontar culpados individuais e tratou o problema como coletivo:
“Em relação ao ataque, nós estamos produzindo, infelizmente não estamos fazendo gol, mas eu não vou vir aqui e apontar por causa de A, B, C ou D. É a equipe que não está fazendo gol. Nós precisamos continuar produzindo para os nossos atacantes terem chance. E aí eles terem a frieza de colocar essa bola para dentro”
O treinador também destacou que terá reforços importantes para os próximos jogos:
“Daqui a pouco o Rodrigo já está à disposição, o Alex está voltando, então nós vamos ter mais opções. Mas eu tenho certeza que os atacantes, e aí eles precisam da mesma força mental que eu tenho, que a equipe precisa ter, os atacantes, eles precisam ter também. Momentos difíceis, de oscilação, dentro de uma temporada, eles acontecem e você só saí deles trabalhando, sendo forte mentalmente”
Por fim, explicou as mudanças feitas na derrota para o Criciúma, por 2×0, na última quinta-feira (25), no Couto Pereira:
“As mudanças foram para deixar o time mais ofensivo. Para ter mais apoio por fora, com o Zeca e com o Bruno. Eu queria colocar pontas de enfrentamento, que o Clayson tem isso por característica, o Ronier tem isso por característica. Então a mudança foi basicamente isso, ter pontas de enfrentamento e aí ter um pouco mais de apoio com os laterais”, completou.
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