Curitiba - No próximo dia 24, está marcada, em primeira convocação, a Assembleia Geral de Credores do Paraná Clube. E a reunião promete dividir os interessados em dois grupos. Tudo por conta da forma de pagamento proposta pelo Tricolor mediante à venda da SAF. Um escritório que representa praticamente metade dos credores entrou com uma petição contra o aditivo da SAF paranista.

Na semana passada, o clube revelou qual o valor mínimo para aceitar uma proposta e como esse dinheiro seria aplicado nos próximos anos. E um ponto que chamou a atenção é a quitação das dívidas, no qual estava planejado apenas o pagamento de R$ 42 dos R$ 130 milhões devidos.
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E todo o valor seria destinado apenas aos credores extraconcursais, como Receita Federal e BACEN (Banco Central do Brasil). O restante só receberia mediante a possível venda da sede da Kennedy. E aí que entra o ponto divergente entre as partes.
Credores temem não receber do Paraná Clube
Diante disso, parte do grupo não aceita a proposta, por não ter garantias de que irá receber o valor devido ou se sequer conseguirá receber algo, uma vez que a venda seria por leilão, que pode não chegar nem à metade do preço pedido, ou até mesmo não ter lance.
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O débito pendente com os credores é de R$ 88 milhões, exatamente o valor que o Paraná Clube avaliou da Kennedy. Só que o leiloeiro coloca o terreno em R$ 68 milhões. Essa diferença também foi questionada, principalmente pelo imbróglio envolvendo também a prefeitura.
O Tricolor acredita que pode vender o terreno diretamente, mas a juíza Mariana Gusso, titular da Vara de Falências, já se manifestou no processo defendendo que o caminho ideal para a venda do ativo seria um leilão judicial. A própria prefeitura poderia pedir a anulação da venda direta, pro entender que o terreno foi cedido para utilização esportiva.
O risco – segundo a defesa dos credores – é que parte do grupo receba com enorme deságio, de mais de 90%, ou que nem todos recebam. E aí não há garantia futura. Além disso, parte da petição alega que menos de 5% dos créditos sujeitos assinaram o aditivo, o que representa menos que o mínimo necessário, de 25%.
E agora?
Desta forma, a Assembleia Geral do dia 24 ganhou contornos ainda mais decisivos para o futuro da SAF do Paraná Clube, uma vez que para o processo ter continuidade, é preciso a aprovação dos credores. Se a proposta não for aprovada, será necessária uma nova oferta e o recomeço de todo o processo.
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