O lateral Danilo utilizou as suas redes sociais nesta segunda-feira para se manifestar sobre a Copa América de 2021. Vice-campeão com a Seleção Brasileira, o defensor de 29 anos destacou que a competição rendeu “lições de todos o tipos, seja no âmbito do esporte, da saúde, nas questões sanitárias ou humanistas”.
O atleta da Juventus, da Itália, se posicionou contra a realização do evento no Brasil devido a todos os problemas que o país está enfrentando.
“Naquilo que quer dizer ser humano, sobre empatia e pensar no próximo, acredito e considero que não era o momento para a realização do torneio em nosso país. Sendo tudo resolvido e aceito num piscar de olhos, desrespeitando todos os tipos de problemas que estamos enfrentando como nação”, escreveu em seu Instagram.
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Danilo também pediu mais união ao povo brasileiro. Segundo o lateral-direito, é preciso mais empatia entre os atletas, os torcedores e a imprensa para que tanto o futebol quanto a Seleção ganhem força.
“Nós como brasileiros, atletas, imprensa e torcedores, precisamos reunir forças, remar para a mesma direção, parar com desnecessárias intrigas e entender que o passado, saudoso e sempre respeitado do nosso futebol nacional, pouco influência nos jogos e no momento atual do futebol mundial, que é muito mais competitivo. Precisamos criar de alguma forma, uma alquimia melhor entre as partes, que por fim, terminará em força para a Seleção Brasileira e consequentemente pro futebol brasileiro”, disse.
“Entendo que é necessário cada vez mais demonstrarmos aquilo que somos, ‘gente da gente‘, encurtar as distâncias e assumir as responsabilidades, não só profissionais, mas também sociais, de nossa profissão. Estando tão expostos, nos resta sermos menos reativos, mais compreensivos e aliados de quem tanto nos prestigia, O POVO. É necessário termos clareza nos discursos dentro e fora de campo, assim fazendo dessa relação tríade (torcedor, imprensa e atleta) mais saudável e benéfica”, completou.
Danilo entrou em campo em todos os sete jogos que o Brasil disputou na Copa América de 2021, que terminou com a Argentina campeã.
Confira o texto do Danilo na íntegra:
“Chega ao fim esta competição, que nos trouxe lições de todos o tipos. Seja no âmbito do esporte, da saúde, nas questões sanitárias ou humanistas.
Esportivamente, um trabalho sólido, com dedicação e força mental, para que apesar de tudo, pudéssemos nos concentrar na busca dos melhores resultados dentro das quatros linhas, focando totalmente no jogo, suas fases, erros, acertos e consequentemente, na evolução.
Naquilo que quer dizer ser humano, sobre empatia e pensar no próximo, acredito e considero que não era o momento para a realização do torneio em nosso país. Sendo tudo resolvido e aceito num piscar de olhos, desrespeitando todos os tipos de problemas que estamos enfrentando como nação.
E por fim, nós como brasileiros, atletas, imprensa e torcedores, precisamos reunir forças, remar para a mesma direção, parar com desnecessárias intrigas e entender que o passado, saudoso e sempre respeitado do nosso futebol nacional, pouco influência nos jogos e no momento atual do futebol mundial, que é muito mais competitivo. Precisamos criar de alguma forma, uma alquimia melhor entre as partes, que por fim, terminará em força pra seleção brasileira e consequentemente pro futebol brasileiro.
À imprensa, sabendo que tenho muito a evoluir, sempre, como atleta e ser humano, faço o convite a tentarem sempre fazer análises mais profundas , sair do ‘jogou bem ou jogou mal‘ e ir pro ‘porque jogou bem, porque jogou mal!’. Cabe estudar os processos do jogo, os tipo de sistema enfrentados e o porque das escolhas de A ou B. Sabendo que é impossível falar de futebol sem emoção, que daqui pra frente possamos equilibrar melhor as coisas. Debater de forma mais profissional possível, criticar sem olhar para preferências pessoais.
E por fim eu, como atleta profissional, representante dessa classe, entendo que é necessário cada vez mais demonstrarmos aquilo que somos, ‘gente da gente‘ , encurtar as distâncias e assumir as responsabilidades, não só profissionais, mas também sociais, de nossa profissão. Estando tão expostos, nos resta sermos menos reativos, mais compreensivos e aliados de quem tanto nos prestigia, O POVO. É necessário termos clareza nos discursos dentro e fora de campo, assim fazendo dessa relação tríade (torcedor, imprensa e atleta) mais saudável e benéfica”