A morte do torcedor do Coritiba André Rodrigues, o ‘Macaco’, na noite da última segunda-feira (1º), gerou comoção e fez com que os dois lados se manifestassem mais uma vez sobre o caso. Enquanto a defesa do policial militar, que deu os tiros, alega que apenas cumpriu o dever legal, a torcida organizada Império Alviverde rebate as informações de que o diretor estaria apontando a arma para os terceiros.

De acordo com o advogado Caio Percival, que defende o PM que estava de folga no dia 23 de novembro no Couto Pereira, em meio às comemorações da conquista da Série B e efetuou os disparos no torcedor, a morte foi lamentada, mas a atitude só foi tomada por uma necessidade de “ameaça real e iminente para as pessoas presentes”.

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“A defesa, representada pelo Dr. Caio Percival, lamenta profundamente a morte do diretor da torcida ocorrida após o episódio em Curitiba. Ao mesmo tempo, o advogado ressalta que, segundo a versão apresentada pelo policial militar, toda a ação se deu no estrito cumprimento do dever legal, diante de uma situação que teria representado ameaça real e iminente para as pessoas presentes”, diz a nota da defesa, que defendeu postura do policial.

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A notícia a despeito da morte do diretor da Império Alviverde em nada afasta a legalidade da atitude do sargento da Polícia Militar. Não podemos esquecer que a vítima traçou as coordenadas da sua própria tragédia. Portava uma arma de fogo de forma ilegal, disparava para cima e ainda manuseava de forma irresponsável apontando para terceiros. O sargento, vendo a situação, agiu dentro do dever legal, cumprindo com todo o protocolo, se apresenta e vendo que o indivíduo não acatava suas determinações, só então deflagra os tiros que acabaram culminando em sua morte”, diz trecho do vídeo feito pelo advogado.

Caio Percival, advogado de defesa do PM

Organizada do Coritiba nega disparos

Pouco depois, a Império Alviverde soltou um comunicado à imprensa, na qual nega veementemente que André ‘Macaco’ tenha feito disparos com uma arma de fogo e que também não a estava apontando para outras pessoas.

Na nota, a organizada do Coritiba reforça que “a narrativa veiculada tenta legitimar uma ação desproporcional praticada por um agente de segurança pública que prestava serviço de segurança particular não se sustenta” e que nos próximos dias testemunhas serão ouvias pela Polícia Civil e Ministério Público.

“Diferentemente do que vem sendo divulgado e sustentado pela defesa do policial envolvido, nosso Diretor, André, não efetuou disparos de arma de fogo para separar uma briga, tampouco estava alcoolizado ou apontando arma para terceiros. Tais afirmações são infundadas e não se sustentam em qualquer elemento mínimo de prova.

Esclarecemos, ainda, que a narrativa veiculada tenta legitimar uma ação desproporcional praticada por um agente de segurança pública que prestava serviço de segurança particular, cuja versão, como já mencionado, não se sustenta. Nas próximas semanas, testemunhas oculares serão ouvidas pela autoridade policial responsável, o que permitirá esclarecer as circunstâncias e reconstruir os fatos de forma precisa.

Por fim, reiteramos nossa confiança no trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público, certos de que, após o devido processo legal, haverá a responsabilização devida, na forma da lei”
, diz a nota.

Relembre o caso

O diretor da Império Alviverde, torcida organizada do Coritiba, foi baleado por um policial militar de folga, na noite do dia 23 de novembro, em frente ao estádio Antônio Couto Pereira. Segundo informações do repórter Marcelo Borges, da Ric RECORD, ocorreu uma briga generalizada entre torcedores durante a comemoração do título da Série B, quando um diretor da torcida organizada teria pego um revólver e atirou para cima com o objetivo de parar a confusão. O policia militar, ao ouvir os disparos, se aproximou do local e teria efetuado cinco tiros em André.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.