Neste sábado, o São Paulo deixou a vitória escapar e ficou apenas no empate com o Santos, porém contou com o brilho de um jogador que vinha sendo muito criticado pela torcida. Gabriel Sara marcou os dois gols da equipe e foi defendido por Fernando Diniz após a partida. O treinador condenou os comentários nocivos direcionados ao meia nas últimas semanas.
“Todo mundo querendo massacrar o muleque, como se fosse um jogador pequeno, menor, e o treinador fosse um idiota que o coloca para jogar. Não é nada disso. E não é porque ele fez os dois gols, é porque ele é bom. Se não fosse bom, não estaria jogando. Ele passa por um processo de transição. Assim, a gente vai matando um monte de moleque que poderia ser jogador. Vamos matando porque tem que usar o moedor de gente, que não para. Quer sempre o sangue dos outros”, afirmou o técnico.
Diniz também fez questão de defender Tiago Volpi, que falhou no gol de empate do Santos, ao aceitar chute de longe de Marinho. O comandante do Tricolor destacou a intervenção do goleiro no primeiro tempo e exaltou o histórico do jogador no clube.
“Hoje o moedor deve estar falando sobre o Tiago Volpi. Ele falhou, mas não vão falar da defesa que ele fez, porque obviamente não é legal falar sobre uma defesa difícil, em uma bola que o Luciano mandou para trás e ele fez um milagre. Vão falar sobre a falha, como devem ter falado sobre o Cássio, quando falhou contra o São Paulo”, disse Diniz.
“As pessoas devem estar questionando o Volpi, mas a gente tem um dos melhores goleiros do Brasil, com toda a certeza. Já nos salvou muitas vezes, não foi uma só. Hoje, talvez tenha sido infeliz no lance, mas a gente não tem que ficar na falha. De longe, eu não vi direito o gol. Mas o que fica para mim do Volpi é que ele é uma das grandes lideranças do time, um dos caras que mais trabalha, se não é o que mais trabalha dentro do São Paulo. Tenho confiança plena que, quando chegar nos momentos mais agudos, ele vai sempre nos proteger, que é o que ele faz de melhor”, completou.
Por fim, Diniz explicou por que optou por não tirar Hernanes e Vitor Bueno no momento da parada, quando o sistema de iluminação da Vila Belmiro apresentou uma falha parcial. O treinador evitou atribuir o gol sofrido na segunda etapa à paralisação do jogo.
“Com a parada, tive tempo de conversar com o Hernanes para saber como ele estava. Ele disse que aguentaria mais, e achei que ele vinha fazendo um grande jogo, embora tivesse caído um pouco o ritmo. Com a parada, ele deu uma recuperada e disse que aguentava mais um pouco. O Vitor Bueno da mesma forma, por isso eu não mexi”, pontuou Diniz.
“Com a parada, o time voltou bem, melhor do que estava. Corrigimos um pouco a saída, ficamos mais seguros para sair e estávamos ganhando mais as segundas bolas. Então, a parada beneficiou o São Paulo em termos do que vinha acontecendo no jogo”, finalizou.
O empate mantém o São Paulo na segunda colocação do Campeonato Brasileiro, com 18 pontos somados. Na próxima quinta-feira, os comandados de Diniz terão pela frente o River Plate, no Morumbi, às 19h, em jogo válido pela Libertadores.