Curitiba - Cria das categorias de base do Coritiba e com larga trajetória no futebol paranaense, Dirceu, agora, é ex-jogador. O ex-zagueiro anunciou o fim da carreira há poucas semanas após rápida passagem pelo Patriotas, time da segunda divisão do Campeonato Paranaense. Agora, aos 37 anos, traça os próximos planos para uma vida longe dos gramados.

Dirceu se aposenta do futebol e lembra feitos no futebol paranaense. (Foto: Tetê Motta/Jovem Pan News)

Em entrevista ao Bate Pronto Paraná da última quarta-feira (20), o ex-atleta contou histórias e causos de uma carreira que, ao todo, teve quase vinte anos de duração.

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Além do Coritiba e do Patriotas, Dirceu defendeu, no estado, o Paraná Clube, o Operário, o Londrina e o São Joseense.

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Dirceu estreou no profissional do Coritiba em 2008, aos 20 anos, ficando no clube até a temporada de 2010. A partir daí, passando por um rebaixamento em 2009 e o título da Série B em seu último ano pelo, começou a passar por vários times espalhados pelo Brasil, especialmente no Paraná.

O ex-zagueiro contou bastidores da decisão de se aposentar e selecionou os melhores e os piores momentos de sua passagem pelo futebol.

Não é simples parar de jogar. Porém, tem que ser um passo pensado e eu estive pensando em aposentadoria há um ano. Mas terminei minha carreira com 37 anos, bem e feliz. Tenho muitas boas lembranças. A melhor, sem dúvidas, foi ter jogado pelo Coritiba contra o Flamengo, do Adriano Imperador, para 50 mil pessoas no Maracanã, em 2009. Quando estive no Caxias-RS, estive na seleção do Gauchão e, pra mim, foi motivo de grande honra. Pra mim, os momentos ruins foram os de insucessos, como rebaixamentos.

Um dos rebaixamentos, inclusive, foi o de 2009. O Coxa caiu da Série A para a Série B na última rodada após doloroso empate com o Fluminense, no Couto Pereira. Ter sido campeão da segunda divisão no ano seguinte, portanto, tem marco importante na vida de Dirceu.

O primeiro, sem dúvidas, foi de ter sido campeão da Série B de 2010, exatamente por tudo que envolveu o rebaixamento. Foi incrível, especialmente porque sofremos pela punição de não jogar no Couto Pereira. O outro grande marco foi ter participado da final do Paranaense de 2008. O Dorival Júnior (técnico do Coritiba na época) me escolheu pra participar de uma decisão contra o Athletico. Eu era menino ainda e foi especial demais”, relembrou.

Idolatria e frustração: Dirceu recorda passagem pelo Londrina

Ainda que tenha começado no Coritiba e nutra uma grande identificação com o clube, a grande passagem de Dirceu no futebol paranaense foi no Londrina. Entre 2014 e 2015 e, posteriormente, entre 2017 e 2019, o zagueiro participou de momentos áureos da história do Tubarão.

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Campeão da Primeira Liga em 2017 após Final contra o Atlético-MG, o Tubarão montou um bom time para a Série B e viu o acesso escapar por muito pouco. O ex-zagueiro define a situação como frustrante visto que, depois, o Londrina jamais teve chances reais de atuar na elite do futebol brasileiro.

Não é fácil jogar em Londrina e eu tive grandes momentos lá. Passei quatro anos lá, vivi grandes momentos no Londrina. A minha lamentação foi não ter conseguido colocar o time na Série A do Brasileirão. Ficamos muito perto de conseguir isso e, por pouco, não foi possível, porque, no fim, ficamos só dois pontos atrás do Paraná Clube, que subiu”, lamentou.

Planos para o futuro? Dirceu manifesta desejo em seguir envolvido com o futebol

Dirceu afirma que permanecer no futebol é o objetivo para os próximos passos da vida. Já tendo em mãos a licença B da CBF e ainda em busca da A, para treinar times profissionais, o profissional admite que já recebeu convites.

“Tive uma possibilidade de trabalhar com o Thiago Carvalho, nos conhecemos no Caxias. Mas acabou que as coisas não aconteceram e ele está sem clube, no momento. Tenho algumas possibilidades, tenho estudado o mercado. Não adianta agora eu me aventurar em uma outra coisa sendo que, na vida inteira, trabalhei com futebol“, completou ele.