Foto Ricardo Duarte – Internacional

Para vice de futebol do clube, jogo decisivo adiado “vai trazer alguns embaraços”

Ex-presidente e atual vice de futebol do Internacional, Fernando Carvalho acredita que o adiamento da última rodada do Campeonato Brasileiro, em respeito ao luto decretado pela morte de 71 pessoas na Colômbia, é prejudicial ao clube gaúcho. Na opinião dele, a transferência do jogo final para 11 de dezembro é uma “tragédia pessoal”

“Além do sentimento, da consternação que nossos atletas estão tomados, porque a maioria deles se relacionava com os atletas, temos nossa tragédia pessoal, que é fugir do rebaixamento”, disse o dirigente, em entrevista gravada na terça-feira, mas que só foi ter repercussão quando exibida nesta quarta.

O dirigente afirmou que o adiamento da rodada vai ser “prejudicial” ao Inter. “Não é hora de reclamar, mas esse adiamento com certeza vai trazer alguns embaraços que lá na frente vamos ter que comentar”, disse, deixando claro que pretende culpar esse adiamento por um virtual rebaixamento do clube.

O Internacional é o 17.º colocado do Campeonato Brasileiro e na última rodada joga fora de casa contra o Fluminense. Com 42 pontos, tem que ganhar e torcer para que o Sport não vença o rebaixado Figueirense, em casa, ou que o Vitória perca do campeão Palmeiras, também em casa. Nessa hipótese, ainda teria que tirar cinco gols de saldo na comparação com o Vitória.

Repercussão

A revolta imediata gerada por sua declaração sobre o adiamento da última rodada do Campeonato Brasileiro fez com que Fernando Carvalho se manifestasse rapidamente. Nesta quarta-feira, o ex-presidente e atual vice de futebol do Internacional admitiu a “infelicidade” pelo posicionamento divulgado horas mais cedo.

Diante da revolta nas redes sociais, Carvalho se retratou: “Venho por meio desta pedir desculpas pelas palavras equivocadas utilizadas na entrevista”, exclamou em nota. “Nada se compara com a fatalidade que vitimou nossos colegas desportistas e nos feriu a todos. Reitero desejo de força às famílias e amigos das vítimas e a toda comunidade de Chapecó.”

A nota continuava: “Em nenhum momento foi minha intenção comparar a tragédia arrasadora que aconteceu com a Chapecoense, instituição pela qual tenho imensa estima, com a situação do Internacional do Campeonato Brasileiro. Certamente foi infelicidade minha a escolha da palavra ‘tragédia’, nesse momento, ao me referir ao nosso caso.”