O árbitro Marcelo de Lima Henrique relatou na súmula da partida os objetos e sinalizadores arremessados pela torcida do Athletico durante o empate em 1×1 com o Cuiabá, no último sábado (16), na Arena da Baixada, pela 22ª rodada da Série B.

De acordo com o juiz, aos 19 minutos do segundo tempo um isqueiro e um copo com “líquido transparente” já haviam sido atirados na área do goleiro do Cuiabá. No entanto, os detalhes maiores acontecem no relato dos sinalizadores, além de isqueiros, garrafas de água e copos plásticos.
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Marcelo de Lima Henrique explica que precisou paralisar a partida e que somente após a brigada de incêndio apagar o fogo e de uma conversa com a delegada da partida, por questões de segurança, ele conseguiu dar prosseguimento para o apito final.
“Aos 50min e 50 segundos do 2º tempo, paralisei a partida, pois foram atirados sinalizadores, garrafas de água, copos plásticos e isqueiros em direção ao campo de jogo, caindo próximo a área de meta da equipe do Cuiabá, necessitando da intervenção da brigada de incêndio do estádio para apagar tais sinalizadores. Atesto que tais objetos partiram do local onde se encontravam os torcedores da equipe mandante. Nenhum desses artefatos e objetos atingiram qualquer jogador. Informo ainda que os seguranças do estádio, ato continuo do ocorrido, entraram nos arredores do campo de jogo, fazendo uma barreira de segurança. Ao cessar o fogo produzido pelos sinalizadores, conversei com a delegada da partida, a sra Adriana Valeria da Silva, para verificar quanto as condições de segurança para o prosseguimento da partida. Quando foi constatado por mim que havia segurança, reiniciei a partida com bola ao chão, finalizando-a em seguida“, disse o árbitro.

O que pode acontecer com o Athletico?
Diante do relato da súmula, o Furacão pode ser punido com multa e perda de mando de campo. Porém, para que isso ocorra, é preciso que uma denúncia seja feita pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ir a julgamento.
Caso seja oferecida a denúncia, o Athletico pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo”.
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A pena varia em multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Porém, segundo o parágrafo 1º, “Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial”.
Como há o relato na súmula de que foi preciso paralisar o confronto, o Rubro-Negro corre o risco de perder mandos de campo. É importante ressalta que o clube faz mais sete jogos como mandante. Caso a punição seja maior que isso, teria que cumprir o restante em 2026.
Pena pode ser atenuada
Porém, caso o Athletico identifique os responsáveis pelos objetos e sinalizadores arremessados, pode escapar de qualquer punição, conforme o parágrafo terceiro do artigo 213 do CBJD, que diz que “A comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade”.
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Outro fator que pode pesar à favor do Furacão é que no ano passado, durante o clássico entre Grêmio e Internacional, no Couto Pereira, pelo Brasileirão, torcedores do Colorado atiraram sinalizadores em direção aos reservas gremistas. O caso paralisou o confronto por mais de 20 minutos. Após julgamento, o STJD optou por aplicar ao Inter apenas uma multa financeira, no valor de R$ 6 mil.
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