Curitiba - O Paraná Clube terá, na próxima segunda-feira (16), a partir das 18h30, mais um capítulo decisivo na definição de seu futuro. O Conselho Deliberativo convocou uma reunião extraordinária para discutir, entre outros temas, o processo de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O encontro ocorre em um momento crucial, já que a primeira parcela — no valor de R$ 20 milhões — do acordo de recuperação judicial (RJ) vence no dia 31 de agosto.
Além da SAF, a pauta também inclui a possível participação do clube na Taça FPF, torneio que garante vaga na Copa do Brasil de 2026 e pelo qual o Tricolor já demonstrou interesse. Um terceiro ponto previsto para discussão envolve denúncias apresentadas contra conselheiros, cujos detalhes não foram divulgados até o momento.
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SAF como solução financeira para o Paraná Clube
Enfrentando uma dívida de R$ 130,8 milhões dentro de um processo de recuperação judicial, o Paraná Clube vive um momento delicado em sua história financeira. O clube precisa quitar duas parcelas importantes ainda em 2025: a primeira, estimada em cerca de R$ 20 milhões, com vencimento até o dia 31 de agosto; e a segunda, com prazo final em 31 de dezembro. Esses pagamentos são obrigatórios para manter o plano aprovado judicialmente e evitar sanções legais que possam agravar ainda mais a situação.
Nesse cenário, a proposta de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) surge como a principal alternativa para reerguer o clube. Em abril, o presidente Ailton Barboza confirmou que recebeu uma proposta vinculante, ou seja, com compromisso formal de compra, mas sem conclusão até o momento. A expectativa é de que essa operação gere o aporte necessário para honrar as parcelas da dívida e garantir fôlego financeiro para o futuro.
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A conclusão dessa SAF é, portanto, tratada como prioridade máxima pela diretoria. Mais do que uma questão estratégica, tornou-se uma necessidade imediata para o cumprimento das obrigações do clube e para preservar o patrimônio e a tradição paranista.
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Além da questão financeira, o Paraná Clube também avalia sua participação na Taça FPF, competição organizada pela Federação Paranaense de Futebol no segundo semestre. A adesão é vista como uma estratégia importante para manter a equipe em atividade durante o restante do ano, oferecendo ritmo de jogo, visibilidade e uma oportunidade valiosa: a vaga na Copa do Brasil de 2026, concedida ao campeão do torneio.
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No entanto, a decisão sobre entrar ou não na disputa depende de fatores práticos e financeiros. O clube ainda aguarda a definição do formato da competição, o que influencia diretamente na logística, número de jogos e deslocamentos. Além disso, será necessário analisar com cuidado o orçamento disponível e a estrutura necessária para montar um elenco competitivo sem comprometer as já apertadas finanças da instituição.
Participar da Taça FPF pode ser uma chance de reconstrução esportiva e financeira, mas requer planejamento rigoroso e responsabilidade. É um passo que precisa estar alinhado com os objetivos de curto e médio prazo do Paraná Clube.
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