Curitiba - A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou uma investigação contra a empresa “Propriedade Legal Regularizações Fundiárias” após identificar a movimentação de R$ 6 milhões em dinheiro vivo. O foco central das apurações é o sócio-proprietário da companhia, Naim Akel Neto, ex conselheiro fiscal da SAF do Coritiba e apontado pelos investigadores como o responsável por realizar saques frequentes de altos valores na boca do caixa.

Segundo a polícia, o objetivo dos saques em espécie seria ocultar a origem e o destino do dinheiro, dificultando o rastreamento das transações. A investigação monitorou encontros em agências bancárias onde os valores, logo após serem retirados da conta da empresa por Naim, eram guardados em mochilas e repassados a terceiros. A informação foi divulgada inicialmente pelo G1.
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A empresa chamou atenção das autoridades por dominar o mercado de regularização fundiária no estado. De cada dez prefeituras que aderiram ao programa “Moradia Legal”, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), oito contrataram a empresa do ex-conselheiro.
Empresa do ex-conselheiro do Coritiba tem cinco anos
O que levanta suspeitas é o fato de a companhia ter sido criada apenas em 2020, sem apresentar experiência prévia no serviço, mas ainda assim ter conquistado a maioria dos contratos. A principal linha de investigação sugere que o dinheiro vivo poderia ser utilizado para o pagamento de propina a agentes públicos, visando o direcionamento dessas contratações.
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Segundo a delegada da PCPR Tais Melo, as apurações começaram após denúncia anônima registrada em abril de 2025. Ela afirma que “Foi constatado que a empresa foi constituída pouco antes da criação do programa, além da hipótese de atuar como fachada para outra empresa do setor”.
No Coritiba, Akel Neto foi eleito como presidente do Conselho Fiscal em 2023, sendo, atualmente membro vitalício do Conselho Deliberativo.
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