O ex-jogador Danilo foi citado em inquéritos por suspeita de participação em um esquema de lavagem de dinheiro associado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O papel do ex-atleta, segundo a expressão de outros investigados, seria atuar como um “crivo técnico” na triagem de jovens jogadores do Corinthians que eram agenciados pelo esquema.
A descoberta do envolvimento de Danilo surgiu quando promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e investigadores da Polícia Federal analisaram mensagens de um grupo de WhatsApp durante as investigações sobre homicídios que aconteceram entre 2021 e 2024. As informações são do portal Lance!
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Os diálogos revelaram que integrantes do PCC consultavam o ex-jogador para obter uma avaliação técnica e indicar quais jovens atletas deveriam ser priorizados e agenciados por empresas ligadas ao esquema.
O papel de Danilo, cuja opinião era citada como referência técnica, era facilitado pela sua experiência e posição: além de ser um ex-atleta consagrado (Corinthians, campeão mundial em 2012, São Paulo, entre outros), ele atuava como treinador nas categorias de base do Corinthians (Sub-20 e Sub-23), tendo inclusive conquistado a Copa São Paulo de 2024.
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Conversas de um grupo de Whatsapp revelam que Filipe de Lucca Morais Tancredi, da FFP Agency (empresa que fazia parte do esquema), consultou Danilo, citando que o atleta em questão seria “o melhor” do time e teria a “pegada do Paulinho” (referência ao ídolo do Corinthians), antes de avançar nas negociações com Rafael Maeda Pires (Japa), apontado como integrante do PCC.
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O jogador indicado era o meio-campista Du Queiroz, à época nas categorias de base do Corinthians. A conversa também mencionava a necessidade de uma procuração e valores divergentes (“100k” versus “50k”), cuja natureza (comissão, luvas, etc.) e moeda não foram esclarecidas.
Até o momento as investigações não encontraram evidências de que Danilo tenha participado diretamente das transações de agenciamento de atletas que estão sob apuração. Da mesma forma, não há indícios de que os jovens jogadores envolvidos soubessem da origem ilícita dos recursos que circularam pelas empresas de agenciamento ligadas aos investigados pela facção.
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Felipe Valente é especialista em matérias de Esporte, em especial trazendo informações sobre o que repercute na internet sobre times do Paraná, do Brasil e do Mundo.
