O ex-lateral-direito Juranilson da Silva, o Jura, que vestiu a camisa do Athletico na temporada de 1994, vive um drama pessoal longe dos gramados. Em uma entrevista reveladora ao ge.globo, o ex-jogador contou ter ido à falência e fez um apelo por uma nova oportunidade no futebol, admitindo erros do passado com uma forte autocrítica: “Faltou vergonha na cara”.

Para o torcedor rubro-negro, a lembrança de Jura remete a meados da década de 90. Embora sua carreira tenha incluído passagens por gigantes como São Paulo e Flamengo, sua atuação no Furacão é o elo que conecta sua história ao futebol paranaense. A situação atual do ex-atleta cria um forte contraste com a época em que defendia o clube.
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Segundo Jura, a perda de todo o patrimônio ocorreu por uma combinação de imaturidade e más decisões após o fim da carreira. “A gente não pode ir pela cabeça dos outros”, desabafou o ex-lateral, que hoje depende da ajuda de amigos e de favores para se manter.
“Foi a madrugada, gostava muito. Falta de vergonha na cara mesmo, mas uso isso como exemplo. Hoje tem que ser 100% profissional. Antigamente não, você podia dar aquela saída, só que cada saída era muito dinheiro envolvido. Por exemplo, os amigos meus não colocavam a mão no bolso, era bebida, noitada, mulherada… Me casei muito tarde, se tivesse minha família hoje, casado, a cabeça era outra, outra performance, mas sozinho, solteiro, dinheiro no bolso, tudo muito fácil”, desabafou.
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“Vou falar que perdi em bens, valores não posso falar hoje, não lembro. Mas perdi apartamento, perdi casa, perdi chácara, perdi carro, perdi muita parte da minha vida moralmente, que para mim é o principal. É lógico que para quem me conhece sabe que sou um cara de um bom caráter, mas quem não conhece julga a gente mal pelo que aconteceu, não pelo que conhece. Eu pago esse preço até hoje”, afirmou ele.
Ex-Athletico quer voltar ao futebol
Apesar de reconhecer as falhas, Jura busca reescrever sua história e pede uma chance para voltar a trabalhar com o esporte. O apelo é por um emprego, seja como treinador de categorias de base, auxiliar técnico ou em qualquer função que lhe permita usar a vasta experiência que acumulou dentro de campo.
“Queria uma oportunidade de treinador, queria ter uma condição para fazer o curso da licença B, A e que também não é barato. Se eu for fazer um curso vou destapar meu aluguel, a minha situação financeira do mês em casa. Não tenho essa condição, mas queria fazer esse curso, ter essa oportunidade, porque acredito no meu trabalho, acredito que ele é bom, mas tudo tem um preço.
Aos 53 anos, o ex-jogador do Athletico espera que sua trajetória, marcada por altos e baixos, sirva de exemplo e que o apelo público possa abrir portas para um recomeço digno no ambiente que tão bem conhece.
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