Curitiba - “A gente conseguiria honrar os compromissos, mas sem conseguir investir”. Esse era o futuro do Coritiba após a aprovação da recuperação judicial aprovada, mas ainda sem ter se tornado SAF, que, futuramente, seria vendida para a Treecorp. Pelo menos do ponto de vista do ex-presidente do Coxa, Glenn Stenger.

Bandeira do Coritiba
(Foto: Divulgação/Coritiba)

Em entrevista ao podcast PodPovão, o ex-mandatário do Alviverde entre 2022 e 2023 revelou que a situação financeira do clube era caótica por conta de dívidas acumuladas e algumas urgências a serem resolvidas, algumas supridas, e outras tendo que ser deixadas de lado. Entre elas, reformas no CT da Graciosa e no Couto Pereira, que só teve a iluminação trocada por uma exigência da CBF para mandar jogos lá, mas fez o clube tirar do futebol esse investimento.

+ Confira todas as notícias do Coritiba no RIC.com.br!

Desde sempre tínhamos na cabeça a ideia que tínhamos que fazer o equacionamento das dívidas do clube para que ele tivesse futuro. A Recuperação Judicial não era possível para os clubes antes. Só fizemos depois que tínhamos a segurança necessária. E tinham sinais de fumaça da lei da SAF a todo momento, que surgiu no início de 2022. A partir dali nos debruçamos sobre o tema e aí pegamos pesado para que aquilo pudesse ser colocado no clube”, disse Stenger.

Coritiba nível médio no Brasil

Em agosto de 2022 o Coritiba teve aprovado o plano de Recuperação Judicial para pagar os quase R# 120 milhões de dívidas trabalhistas e cíveis a 300 credores. Foi a forma encontrada para se ter fluxo em caixa, organizar as finanças e conseguir respirar.

+ Ex-presidente revela que Coritiba teve duas propostas de SAF e dá detalhes

Após isso é que o Coxa conseguiu negociar sua SAF e foi ao mercado em busca de investidores. Porém, o momento que o clube atravessa diminuiu seu valor, especialmente pelos resultados ruins ao longo dos últimos anos.

+ Polícia vai investigar caso do jogador do Coritiba agredido em balada

“Temos que fazer uma analogia interna. Na época de 1970, 1980, ter um Opala era um sonho de consumo. Naquela época, o Coritiba poderia ser comparado a um Opalão, todo mundo queria ter. Passados os anos, você acha um ou outro Opalão conservado, que todo mundo quer. Passaram os anos e o Coritiba não tem mais a mesma pujança da década de 1970 ou 1980. O último título de expressão que conquistamos foi em 1985. Na Copa do Brasil batemos duas vezes na trave e não conseguimos”, afirmou Glenn, assumindo que o Alviverde está em um nível mediano no futebol brasileiro.

“O valor de mercado do Coritiba não é tão bacana como um Palmeiras, Flamengo… o Coritiba é um time situado entre os médios“, ressaltou o ex-presidente.

Erros por falta de dinheiro

No período que a chapa de Glenn Stenger esteve no comando do clube, primeiro com Renato Follador, depois com Juarez Moraes e Silva e, por fim, Glenn, mais de 50 jogadores foram contratados pelo Coritiba. Uma alta rotatividade que o ex-dirigente explicou que se deve pela falta de recursos financeiros.

“Você acaba comprando mais jogadores para suprir as necessidades do elenco, e nem sempre consegue suprir isso. Então se contrata muitos jogadores pela falta de dinheiro e aí acaba errando muito“, finalizou.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!

Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.