Curitiba - O ex-presidente do Paraná Clube, Rubens Ferreira Silva, o Rubão, é “dono” de 10% da SAF do clube. O ex-dirigente paranista ficou no cargo entre 2021 e 2024 e a transferência de parte da sociedade anônima ocorreu em 2022.

De acordo com Rubão, a decisão foi tomada para garantir que 100% do Tricolor não fosse vendido em uma eventual negociação e que, assim que a venda seja concretizada, os 10% serão devolvidos ao Paraná, conforme documento assinado.
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“Existe documento no clube desde 2022. O percentual de 10% foi uma garantia de que nunca venderiam 100%. Não há somente comprometimento, e sim um documento. (o documento) está no clube. Foi apresentado em reunião do Conselho Deliberativo e consta em ata de reunião”, afirmou o ex-presidente, ao ser procurado pela reportagem da Banda B/RIC.com.br.
Conselheiros alegam nunca terem visto o documento; Deliberativo rebate
Porém, em apuração feita com Guilherme Moreira, da Jovem Pan News, alguns conselheiros alegaram nunca terem tido acesso a tal documento. Segundo alguns membros, que não quiseram se identificar, de fato foi comunicado em reunião sobre a situação e que haveria o documento. No entanto, ele não teria sido apresentado na assembleia e nem mesmo anexado em ata, constando apenas o compromisso.
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Questionado sobre o fato, o presidente do Conselho Deliberativo, Eduardo Ombrellino, garantiu a existência do documento e que ele foi apresentado em reunião. Além disso, ressaltou que qualquer conselheiro pode pedir o acesso.
“O documento existe e foi apresentado. Este assunto era para estar superado. Qualquer conselheiro do clube pode solicitar vistas junto ao Conselho Gestor, se assim desejar”, afirmou ele, em contato com a Banda B/RIC.com.br..
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Por outro lado, o Conselho Fiscal também questionou e cobrou por três vezes em reuniões para que pudesse ter acesso a tal documento, mas nunca foi apresentado.
Ex-presidente do Paraná Clube aponta politicagem em cobranças
O grande impasse seria o motivo de o Paraná Clube ter cedido os 10% da SAF para o ex-presidente. Segundo apuração da Banda B/RIC.com.br., um membro do conselho, que esteve na reunião, ocorrida em 2024, na qual foi informado tal repasse a Rubão, admitiu que o documento não foi apresentado, por questão de confidencialidade de contrato para a venda da SAF. “Nem mesmo sabemos qual é a redação do documento”, resumiu.
Apenas após a confirmação do acordo é que poderia ser apresentado oficialmente o documento no qual Rubens Ferreira devolve os 10% ao clube, tirando seu cpf do acerto.
Segundo os relatos que chegaram à Banda B/RIC.com.br., o receio é de que o documento não tenha validade perante à confirmação da venda da SAF e por qual motivo o acordo não foi apresentado após pedidos.
“Provavelmente são conselheiros que nunca vão às reuniões. Esse assunto já foi levantado diversas vezes. Existem até hoje pessoas no clube que não aceitaram a derrota nas eleições em 2021. E o pior, nem se candidataram em 2024″, retrucou Rubão, lembrando que o então vice-presidente da sua gestão, Ailton Barboza de Souza, foi aclamado novo presidente para o triênio até 2027.
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