Após a chegada de Sylvinho, Fagner passou a aparecer menos no setor ofensivo do Corinthians. A linha defensiva se tornou a principal obrigação do lateral direito. O assunto sempre gera reclamação entre torcedores, e o técnico tem sido questionado sobre o tema constantemente.

Nesta sexta-feira, foi a vez do próprio Fagner ser indagado sobre a questão tática durante uma entrevista coletiva virtual.

“Acredito que são situações de jogo, temos de ter uma leitura. Acredito que o principal fator é a questão tática. A gente tem uma ideia de que a primeira função do lateral é atacar, mas o lateral compõe uma linha de quatro, tem de estar bem estruturado, depende do atleta que tem na frente”, explicou o camisa 23.

Assim como Sylvinho, Fagner afirmou que a presença de Gustavo Mosquito na ponta direita também tem influência nisso.

“Hoje estamos eu e o Gustavo, que tem uma velocidade forte. Muitas vezes não dá nem tempo de fazer uma ultrapassagem. Não é uma coisa que a gente conversa, mas tento fazer meu melhor, estou bem tranquilo quanto a isso”.

No próximo domingo, o Corinthians vai enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, às 16 horas. Fagner também falou sobre o clássico e outros assuntos. Leia mais trechos da entrevista coletiva:

Conversar com Sylvinho sobre posicionamento

“Isso é uma coisa que foge. Não tem como chegar e querer mudar a seu favor. Temos de pensar no coletivo. Apesar de alguns resultados, o campeonato que estamos fazendo vem sendo bom. Tenho ajudado em algumas jogadas, isso é muito critério tático. Temos de continuar, evoluindo, melhorando, para ajudar o Corinthians da melhor forma possível”.

Números ruins no Brasileiro

“A gente se basear por número, ainda mais aqui no Brasil, é complicado. A gente tem feito nosso trabalho, buscado evoluir, melhorar, é um campeonato diferente, sem torcida, sem férias, muitos clubes com problemas de lesão, nós estamos tendo essa semana para trabalhar, importante para corrigir algumas coisas. Incomoda estar onde estamos? Sim, incomoda. Mas, sabemos que o campeonato é igual. Tem três ou quatro que se distanciaram, um bolo intermediário e alguns abaixo. Se você consegue duas ou três vitórias, se aproxima do bolo da frente. Temos um jogo difícil agora, temos de pontuar para melhorar”.

Motivação pelas contratações

“Sem dúvida, vai agregar muito, não só na parte técnica, mas pela experiência, por hoje ter muitos jovens naquele setor. São jogadores vitoriosos, referências, o ganho vai ser muito grande quando eles estiverem 100%. Temos bastante confiança que podemos ter resultados melhorar a partir daí também”.

Retrospecto ruim na Arena

“Tem muito a ver com a falta do nosso torcedor, a gente sabe da força, o quanto eles ajudam, e não tendo o torcedor tem dificultado bastante. É importante tê-los dentro de casa. Isso tem feito bastante falta. Eu sempre prefiro jogar no nosso estádio, principalmente pelo gramado”.

Clássico com Santos

“A gente sabe da dificuldade de jogar na Vila, eles vêm crescendo, tivemos a semana para trabalhar, para chegar forte e fazer um grande jogo no domingo”.

Lado direito com Giuliano

“O Giuliano, quando estiver 100%, com a qualidade, inteligência, experiência, vai agregar bastante. Não só para o lado direito, mas para a equipe”.

Duelo tático no clássico

“Quanto ao clássico, não tem favorito, tem de estar sempre concentrado, focado, saber tirar proveito do momento que estiver melhor na partida. Jogo difícil”.

Dívida do clube e renovação

“Hoje, minha preocupação maior é só jogar futebol. Sei do esforço, estamos acompanhando o que a diretoria tem feito para organizar as coisas, temos de ter paciência, aos poucos as coisas vão entrar no eixo. A gente vem observando de perto, a diretoria tem todo respaldo dos atletas. Tem mais um ano e pouco de contrato, estou tranquilo com isso. Quando for a hora de falar disso, a gente senta e conversa”.