
Técnico e mais dois paranaenses morreram no acidente aéreo da Chapecoense
Em messagem postada em sua conta no Facebook, Matheus Saroli, filho de Caio Júnior, pediu força e privacidade para a família neste momento de dor. Seu pai morreu no acidente com o avião que levava a equipe da Chapecoense para o jogo da final da Sul-Americana em Medellín. À jornalista Helen Anacleto, da RICTV PR, Saroli confirmou a informação de que não conseguiu embarcar com o time para a Colômbia por ter esquecido seu passaporte em Curitiba.
Veja as fotos do acidente com o avião que transportava time da Chapecoense
Além de Caio Júnior, outros dois paranaenses morreram na tragédia: o goleiro da Chapecoense Marcos Danilo Padilha e Eduardo Duca, sobrinho de Caio e auxiliar técnico da equipe de Chapecó. Entre os sobreviventes estão o jornalista Rafael Henzel, os jogadores Alan Rucschel, Helio Zamper Neto e Jakson Follmann e a comissária Ximena Suarez.
A aeronave que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia se chocou com o solo em uma região montanhosa na cidade de La Unión, próximo a Medellín, pouco antes de chegar ao seu destino. O avião era da companhia aérea LaMia, da Venezuela, e tinha 81 pessoas a bordo. A causa do acidente ainda não foi esclarecida, mas especula-se dificuldades com a falta de visibilidade, falha elétrica ou até mesmo uma pane seca.
A Conmebol cancelou a final da Sul-Americana que teria o primeiro confronto nesta quarta-feira (30), em Medellín. O jogo de volta da final, aconteceria no estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR), no dia 7 de dezembro.
Trajetória do Técnico
Nascido em Cascavel (PR), Caio Júnior iniciou a carreira de técnico no Paraná em 2000, clube pelo qual ganhou, como jogador, o título paranaenese de 1997.
Em 2005, comandou o Cianorte. Mas, no ano seguinte, voltou ao Paraná e levou o time à quinta posição do Brasileiro, classificando-o para a Libertadores. Em dezembro do mesmo ano, assinou contrato com o Palmeiras. Durante a disputa do Campeonato Brasileiro de 2007, levou o Verdão à disputa de uma vaga na Libertadores. A perda da classificação, nas últimas rodadas, acabou-lhe custando a permanência.
Ainda em 2007, foi eleito o melhor técnico do Campeonato Brasileiro, e logo assumiu a equipe do Goiás, levando o time às oitavas de final da Copa do Brasil. Após cair na Copa do Brasil e perder o Estadual para o Itumbiara, foi demitido do Goiás e convidado a treinar o Flamengo. Apesar de uma boa campanha, o quinto lugar e a não classificação para a Libertadores fizeram ele ser dispensado do alviverde.
Em 2009, teve uma passagem de seis meses no Japão como treinador do Vissel Kobe. Depois acertou a sua ida para o Al-Gharafa, do Qatar, onde ficou dois anos. Ganhou a Liga Nacional, a Copa do Príncipe e a Star Cup. No segundo ano, fez um acordo de rescisão de contrato.
Em março de 2011, acertou com o Botafogo. Porém, em novembro, foi demitido. Em dezembro do mesmo ano, foi anunciado como treinador do Grêmio, mas ficou menos de dois meses no cargo. Em março de 2012, acertou com o Al Jazira e levou o clube à segunda fase da Liga dos Campeões da Ásia.
Em julho de 2012, Caio Júnior foi anunciado como novo treinador do Bahia. No começo de 2013, assumiu o Vitória e foi campeão baiano. Ele foi demitido em setembro e confirmado como técnico do Criciúma já em 2014, mas só durou dois meses. Em junho de 2014, acertou seu retorno aos Emirados Arabes, pra comandar o Al-Shabab.
Em 25 de junho de 2016 foi contratado pela Chapecoense, que levou à final da Copa Sul-Americana. Caio Júnior morreu no acidente aéreo na Colômbia nesta terça-feira, aos 51 anos.