O sonho do estádio próprio segue distante, mas o Flamengo encontrou um caminho para transformar o Maracanã em um negócio ainda mais rentável. No primeiro turno do Brasileirão, o clube já soma R$ 19,6 milhões líquidos com bilheteria, sem contar o duelo contra o Mirassol – quase R$ 1 milhão a mais que em toda a competição do ano passado.
O salto se deve principalmente a mudanças na operação do estádio. A maior delas foi a redução drástica no valor do aluguel pago à Fla-Flu Serviços SPE S.A., empresa que administra o Maracanã e da qual o Flamengo detém 65%: de R$ 350 mil para R$ 10 mil por jogo. A medida corta despesas e aumenta a margem por partida, mas diminui o faturamento da própria administradora.
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Outro fator decisivo foi a queda nos custos operacionais médios, de R$ 1,8 milhão para R$ 1,4 milhão por jogo. Gastos com confecção e venda de ingressos, ingressos promocionais e despesas gerais do estádio tiveram reduções expressivas. Paralelamente, houve aumento no preço dos bilhetes, o que gerou protestos, mas ajudou a impulsionar a receita.
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A estratégia, porém, gera um debate interno. Ao pagar um aluguel menor, o Flamengo melhora a margem de lucro do time, mas reduz a receita da empresa que gerencia o estádio, o que, por outro lado, também impacta as finanças do clube. O presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, defende a necessidade dos preços atuais para manter um elenco competitivo. “Os custos do futebol hoje em dia estão inflacionados. Menos do que isso a gente perde dinheiro”, afirmou.
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O resultado é um lucro médio que saltou de R$ 1 milhão para R$ 2,1 milhões por partida no Maracanã. Em 2025, a maior arrecadação foi de R$ 3,06 milhões no duelo contra o São Paulo, superando de longe o pico de 2024, registrado no clássico contra o Vasco, de R$ 1,73 milhão.
