Curitiba - O torcedor do Paraná Clube terá que esperar algumas semanas a mais para saber o futuro em relação à SAF. A esperança é que essa sexta-feira (24) desse um rumo na venda do Tricolor, mas a Assembleia Geral dos Credores, embora tenha tido avanços significativos, não deu uma conclusão final.

Em cerca de quatro horas de reuniões, advogados de todas as partes deram suas opiniões e versões a respeito de possíveis modificações no plano de Recuperação Judicial paranista. Enquanto alguns defendiam as alterações, outros queriam manter como estava, com receio de que a empresa interessada desistisse do negócio.
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Porém, por 111 votos contra 16, as modificações foram aprovadas. Entre elas, a questão do pagamento das dívidas, que era principal exigência. Agora, o valor fixado para a sede das Kennedy é de R$ 88,6 milhões, conforme avaliação do próprio Paraná Clube, com segunda praça autorizada a 80% do valor, equivalente a R$ 70,8 milhões. Ou seja, se o terreno for vendido por um valor abaixo disso, clube e SAF se comprometem a pagar a diferença.
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Inicialmente, o acordo é de que a SAF paranista iria arcar apenas as dívidas do passivo transacionado, no caso os credores extraconcursais, como Receita Federal e BACEN (Banco Central do Brasil). O que não dava garantias de quitação sem um alto deságio para os demais.
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Outra importante mudança é que o pagamento dos extraconcursais caem de R$ 12 milhões para R$ 10 milhões, e serão pagos somente com a venda da Kennedy, junto dos demais credores.
Como ficou a SAF do Paraná Clube?
Desta forma, agora o plano de Recuperação Judicial precisa ser atualizado com as mudanças até a próxima quinta-feira (30). Em seguida, no dia 6 de novembro, haverá uma nova Assembleia dos Credores, para verificar a documentação e, estando tudo ok, passar adiante, para que o Conselho Deliberativo aprove e, em seguida, possa ser sancionada pela Justiça.
No entanto, neste período, é preciso que a NextPlay Capital Ltda concorde com as alterações. A empresa foi a única a cumprir todas as determinações impostas pelo Tricolor para adquirir a SAF, avaliada em R$ 212 milhões. Os valores seguem os mesmos, mas é preciso que ela aceita os novos moldes dos credores.
Outro ponto importante da reunião foi o questionamento que o Paraná Clube, ao apresentar a proposta vinculante da SAF, não entregou a documentação assinada, o que, para os advogados não dá garantia nenhuma de que os acordos serão cumpridos. No entanto, a defesa paranista não se opôs em apresentar tudo, desde que de forma sigilosa judicialmente.
Apesar das mudanças, a expectativa é que ainda em 2025 a venda da SAF seja concretizada, a partir do aceite da NextPlay e que no dia 6 de novembro tudo transcorra de forma definitiva, para seguir os trâmites finais.
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