
Jogador e seus amigos fazem marcação cerrada em cima do narrador e da Globo; dificilmente voltará a ser criticado na emissora
Então quer dizer que os “parças” do atacante brasileiro fazem uma patrulha em cima do Galvão Bueno? Basta o narrador fazer uma crítica, por menor que seja, ao jogador para ser detonado nas redes sociais pelos amiguinhos do craque.
É uma coisa incrível o fato de Neymar e sua turma exercerem um controle tão forte assim sobre a imprensa e, acima de tudo, sobre Galvão Bueno. O atleta praticamente trata o narrador como um refém, o que é algo simplesmente inaceitável. Se Galvão ousar criticá-lo o troco vem num corte de relações com a Globo. Isso aí, aliás, já aconteceu no passado recente. Bueno fez uma crítica dura ao jogador durante as Olimpíadas do Rio e houve, de fato, o rompimento das relações com o canal. Depois de muita negociação é que as partes voltaram a se falar. Mais: Casagrande quase ficou sem emprego porque também falou mal do moço.
Houve um princípio de crise já na partida contra a Costa Rica, quando o narrador insinuou que o atacante não atuou muito bem. O pai de Neymar foi às redes pedir para que a rapaziada ficasse numa boa. Claro, tudo em nome da paz com a Globo.
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Mas o que vai acontecer se Neymar jogar mal ou, digamos, se a seleção for eliminada precocemente? Galvão, Casagrande e outros comentaristas serão obrigados a se calar? Não poderão criticar o time e nem Neymar? Como assim? Se isso acontecer, o canal vai fazer papel de bobo na frente de seus espectadores. Mesmo porque Galvão e seus companheiros sempre criticaram atuações fracas. Claro, criticaram do jeito Globo de ser, meio de lado, poupando gente aqui e ali, botando a culpa mais na CBF do que em qualquer outra pessoa ou cargo. E mesmo assim, Neymar já ficou melindrado no passado recentíssimo.
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O jogador, do jeito que sempre foi tratado, inclusive pela Globo, virou uma espécie de instituição. Ao ser transformado em herói nacional — ou um salvador da pátria — já na Copa de 2014, Neymar e se staff acreditam estar acima do bem e do mal. E esse comportamento se reflete em tudo o que ele faça na frente das câmeras, seja dentro do campo ou fora dele. Com isso, Galvão e toda a sua equipe têm agora de ficar medindo palavras para falar sobre o atleta. E dá para ver que isso já vem acontecendo nessa competição. O narrador ensaiou algumas leves críticas, mas teve o cuidado de não citar Neymar, afinal, não dá para arriscar uma nova crise.
Então, pode esquecer a ideia de ver Galvão novamente esbravejando contra o rapaz. Isso só vai acontecer se a seleção for eliminada de maneira precoce. E ainda assim não dá para ter muita certeza.
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