Maringá - Um dos fatos mais curiosos na finalíssima do Paranaense, vencida pelo Operário, foi a substituição do goleiro do Maringá no último minuto do jogo. O técnico Jorge Castilho optou por tirar Dheimison para colocar João Gabriel apenas para a disputa dos pênaltis decisivos. Algo que o titular admitiu que o pegou de surpresa.

Com o vice-campeonato no Estadual, Dheimison, atleta com mais jogos na história do Maringá, se manifestou pelas redes sociais sobre a situação inusitada. Ele contou que o confronto em Ponta Grossa foi um dos mais amargos da sua carreira e que estava preparado para a disputa de pênaltis.
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“Após 24 horas de um dos jogos mais amargos da minha carreira, sigo tentando responder às muitas mensagens de apoio e de questionamentos, as quais eu não sei responder. A única coisa que eu posso afirmar é que SIM, estudei e treinei muito, mas muito mesmo para viver aquele momento”, garantiu Dheimison.
O goleiro foi além. “NÃO, não foi uma decisão da minha parte [ser substituído antes dos pênaltis] e NÃO, eu não estava ciente do que estava prestes a acontecer”, admitiu.
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Dheimison ainda parabenizou os companheiros pela entrega nas finais e citou as várias conquistas que já teve no Maringá. “Sei que não sou perfeito e às vezes cometo erros, como qualquer ser humano, porém sempre me entreguei 100% ao time, a cidade e respeitando a torcida”, disse o goleiro, que tem diversas passagens pelo Dogão desde 2017.
Técnico assume a responsabilidade
Como a estratégia de mudança de goleiro não deu certo, com João Gabriel defendendo apenas um pênalti, o que acabou sendo anulado porque o arqueiro se adiantou, restou ao técnico Jorge Castilho assumir a responsabilidade pela mudança.
“Eu sabia que isso poderia acontecer, caso não desse certo, a pergunta seria essa. O aproveitamento do João Gabriel nos treinamentos foi melhor que o do Dheimison. Ele (Dheimison) é um ídolo do clube, é um dos atletas com mais jogos com a camisa do Maringá, tem um peso muito grande, mas foi uma decisão que eu deveria tomar”, admitiu Castilho.